Bozi, Rany Baby e Gabriel Bebici formam o Chorou Bebel. Foto: Melina Furlan/ Divulgação
Bozi, Rany Baby e Gabriel Bebici formam o Chorou Bebel. Foto: Melina Furlan/ Divulgação
"P/ Quem Tem Coragem de Amar". Capa. Reprodução
“P/ Quem Tem Coragem de Amar”. Capa. Reprodução

“P/ Quem Tem Coragem de Amar” é o título do inspirado álbum de estreia do trio capixaba Chorou Bebel, um caldeirão sonoro em que fervem samba, swingueira, funk, xote, trap, r&b e bossa nova, por vezes com mais de um gênero por faixa, num tempero de brasilidades particularíssimo.

O grupo se formou em Vitória/ES em 2019, por Bozi (composição, voz, violões aço e nylon, guitarra, cavaco, baixo, piano elétrico, mellotron, bateria, percussão e programação), Rany Baby (composição e voz) e Gabriel Bebici (voz, violão, piano, piano elétrico, baixo, sintetizador, bateria, percussão, programação, guitarra, synth bass e cavaco) – que assina a produção do álbum, coproduzido por Gabriel Tosi (bateria, percussão e programação em “Desprevenido”, flauta, percussão e programação em “Zum Zum Zum” e piano elétrico em “Rouquidão”).

A sonoridade do álbum é encorpada por Rodolfo Simor (violão, guitarra, baixo, percussão, programação e sintetizador/strings) – que assina a produção de “Me Invade” e “Pelo Avesso” –, Mateus Pimentel (bateria em “Me Invade” e “Pelo Avesso”), Oziel Neto (metais em “Me Invade”, “Juro” e “Pelo Avesso”), Chico Chagas (acordeom em “Ciumêra”), Lidia Soares (zabumba em “Ciumêra”), Japa Novela (zabumba em “Juro”), Duarte (voz em “Desprevenido”, composição e voz em “Rouquidão”, parceria com Bozi), Maholic (baixo em “Desprevenido”, “Rouquidão” e “Mandinguê”) e André Prando (composição e voz em “ Zum Zum Zum”, parceria com Bozi e Rany).

O trio de compositores se destacou no cenário da capital capixaba. Ao longo da pandemia de covid-19 o grupo amadureceu o repertório que culminou no trabalho inaugural, disponível nas plataformas de streaming – e com visualizers das faixas no canal do trio no youtube.

Bozi explica o nome do grupo: “Chorou Bebel era um jargão que a gente usava muito, os membros da banda, meio que para quando combina alguma coisa, termina uma discussão, uma ideia, a gente falava “então chorou, chorou Bebel”. A gente sempre usava isso, era um jargão que a gente gostava, porque a gente já tinha ouvido, de tempos mais antigos, as pessoas mais velhas usavam, e a gente sempre gostou de flertar muito com as coisas antigas, você deve ter percebido que o som pega muitas referências sessentistas, setentistas, apesar da roupagem moderna. Até que a gente ouviu uma história do João Gilberto [1931-2019] com os Novos Baianos, dois ícones pra gente, eu gosto muito de Novos Baianos e o Bebici e a Rany são muito fãs do João Gilberto e teve essa história comum, que o João Gilberto apadrinhou os Novos Baianos e foi muito responsável por aquele [álbum] “Acabou Chorare” [1972], e nesse momento dessa história tem determinada situação que a Bebel Gilberto, filha do João Gilberto, em determinado momento fala de “Acabou Chorare”, porque ela não falava muito bem o português, misturava espanhol e português, e isso deu nome ao disco, isso foi a cereja do bolo pra gente, “ah, com certeza Chorou Bebel”, a gente já usava muito, já gostava muito do nome, teve a ver também essa influência da Bebel chorar e dar nome ao “Acabou Chorare” e tudo mais. Esse nome bateu na gente”. Acresço que a expressão que batiza o trio é a versão capixaba da maranhense “Morreu Maria Preá”. “Massa, bom saber”, ele devolve.

Amor, afeto e carinho são temas centrais em “P/ Quem Tem Coragem de Amar”, título autoexplicativo. A música alto astral do Chorou Bebel é a trilha sonora perfeita para quem opta por um jeito alegre e otimista de encarar a vida, apesar de todas as adversidades.

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Ouça “P/ Quem Tem Coragem de Amar”:

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