sexta-feira, março 29, 2024

Silvério Pessoa encara o amor banhado de sangue

Silvério Pessoa - foto Sidarta
Nas plataformas digitais a partir de terça-feira, 5, o álbum Sangue de Amor marca a volta do pernambucano Silvério Pessoa ao repertório autoral pela primeira vez em uma década. Vão longe os dias de origem impulsionados pela ascensão do movimento manguebeat, com a banda Cascabulho, nos anos 1990. Em Sangue de Amor, Silvério olha com mais atenção para a chamada psicodelia pernambucana dos anos 1970,...

Banda toca ao vivo disco do qual se perdeu há 33 anos

Quase ninguém ouviu ou viu a banda paulistana 3 Hombres, cuja existência foi registrada pelos sismógrafos da cultura pop lá pelo final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Mas isso nem é tão estranho. O curioso mesmo é que nem a própria banda possuía o seu disco de estreia, Sob o Sol que Nunca Morre, gravado em...

Memórias de um domador de estrelas

1990 foi um ano muito louco. Se você quiser saber como Bob Dylan, naquele ano, passando de ônibus pela Serra de Itatiaia (parque nacional no Rio de Janeiro), pediu para descer e passou uns dias incógnito no alto daquela montanha; como todo o grupo Bon Jovi, entre um show e outro de sua turnê brasileira, em janeiro daquele ano,...

A viagem sonora de Fernando Maranho

O cantor, compositor e guitarrista Fernando Maranho. Foto: divulgação
Cantor, compositor e guitarrista lançou seu segundo disco solo e conversou com exclusividade com FAROFAFÁ Crimideia (2021), segundo álbum solo do cantor, compositor e guitarrista Fernando Maranho, é batizado pelo delito de pensamento inventado por George Orwell no distópico 1984, infelizmente mais real e atual do que nunca. Maranho foi guitarrista das bandas Jumbo Elektro e Cérebro Eletrônico, ambas encabeçadas por ele...

“Expõe pra queimar!”, defende o Black Pantera

Black Pantera - foto soundcloud Black Pantera
Em ininterrupto processo de conquista de espaço, a causa antirracista no Brasil alcança um meio quase sempre branquíssimo, o do heavy metal, nas figuras dos três integrantes da banda mineira Black Pantera, Charles Gama (vocais e guitarra), Chaene da Gama (baixo) e Rodrigo Augusto (bateria). O combate é explícito na letra e no videoclipe do novo "Fogo nos Racistas", composição do trio com letra de...

Fernando Catatau, nostalgia e melancolia

Fernando Catatau
Assim se passaram 20 anos, e o jovem líder da banda cearense de rock Cidadão Instigado virou um homem grisalho, compenetrado, a um tempo sério e manso. No ano em que completa 51 anos, Fernando Catatau lança uma tardia estreia solo, batizada apenas com seu nome, em que radicaliza na sofisticação sonora e numa placidez musical apenas esboçada em certas passagens do Cidadão...

Mick Rock, o homem que clicou os anos 1970 (1948-2021)

"Não me parece justo comparar o rock de hoje com o que eu fotografava nos anos 1970. Por um motivo muito simples: naquela época, eu tinha a mesma idade deles. Compartilhava sua voracidade, sua fúria. Eu apenas não podia fazer música, então eu fotografava", me disse Mick Rock por telefone, em 2014, logo após se hospedar num hotel de...

“Casa Francisco” celebra a primavera em tempo frio

A banda Francisco, el Hombre
"As flores resistem à tempestade/ e cantam por becos, esgotos e bares/ sem ar, sem sol, senhoras e senhores, elas cantam/ nada conterá a primavera", clama a faixa final de Casa Francisco, terceiro álbum da banda mexicano-brasileira Francisco, el Hombre. A voz principal é da sorocabana Juliana Strassacapa, mas a canção, em toada latino-americana de bailão cubano, revalida a origem transnacional trazida pelos irmãos Mateo Piracés-Ugarte e Sebastián...

O rock morreu. Mas depois ressuscitou e se chama I.W. Company

Muita gente adora decretar que o rock morreu, o rock morreu, o rock morreu. Mas eis aqui uma história que vai no sentido oposto, de como o rock ressuscitou. E melhor ainda: estava perfeitamente em forma, melhor até do que quando morreu. É o caso da singular banda niteroiense I.W. Company, que volta a ressoar nesta semana como artefato musical...

Morre Marcinha Montserrat, da banda oitentista Chance

Vi Marcinha pela primeira vez atrás do balcão do Napalm. À época, ela era simplesmente, ou assim me foi dito, a Marcinha Punk. Eu tinha ido ver um show de um projeto novo dos ex-colegas de colegial, os então Titãs do Ié-Ié,  num lugar para mim muito novo, embaixo do Minhocão, o Napalm. Uspiana, no segundo ano de um...