Isaías Alves apresenta “Emaranhado”, hoje, no CCVM

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O baterista Isaías Alves. Foto: Laila Razzo/ Divulgação
O baterista Isaías Alves. Foto: Laila Razzo/ Divulgação

O baterista e compositor maranhense Isaías Alves já foi destaque nas principais publicações internacionais dedicadas ao jazz e à bateria. Hoje (21), às 19h, integrando o quarteto que leva seu nome, ele se apresenta no Programa Pátio Aberto, do Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM, Rua Direita, 149, Praia Grande), com entrada franca.

No show “Emaranhado”, em que estará acompanhado de Carlos Ernane (guitarra), Emílio Furtado (contrabaixo acústico) e Andrezinho (acordeom e teclado), Isaías Alves promete uma fusão de jazz com ritmos da cultura popular do Maranhão, em um repertório majoritariamente autoral, mas com direito a clássicos da música popular produzida no estado.

Numa parceria entre o FAROFAFÁ e as rádios Timbira e Universidade, o músico antecipou o que o público pode esperar da apresentação de logo mais à noite. Leia (ou ouça a versão radiofônica d)a entrevista.

CINCO PERGUNTAS: ISAÍAS ALVES

ZEMA RIBEIRO: Qual a base do repertório da apresentação de hoje à noite?
ISAÍAS ALVES: A base do repertório é voltada para minhas composições autorais, com duas releituras de clássicos da música maranhense, recheada de muita musicalidade voltada para o jazz e para a música afrodiaspórica do Maranhão.

ZR: Tua música é marcada pela fusão das sonoridades do jazz e da cultura popular do Maranhão. Como você percebeu este caminho?
IA: Esse contato com a fusão de ritmos, que eu costumo falar que é uma conexão de ritmos equidistantes, que possuem a mesma síntese, porém em lugares e ambientes diferentes, isso se deu a partir do momento em que eu encontrei o jazz como uma forma de liberdade de expressão e colocando a fusão da rítmica maranhense, dessa pesquisa que eu tenho há mais de 20 anos, dos elementos de percussão, dos sotaques de bumba boi, dos cultos afros, da rítmica indígena, e tudo isso se deu através de vivências, todo esse caminho da improvisação, atreladas a essa fusão, deu-se a partir de vivências.

ZR: Fale um pouco do conceito de “Emaranhado”.
IA: É você fazer esses elementos, fundir elementos equidistantes, que casam essa complexidade nos elementos da rítmica maranhense com o jazz e com elementos eletrônicos, “Emaranhado” vem disso, como se estivéssemos nos emaranhando em estilos diferentes, para que a gente possa ter uma simbiose rítmica, musical, colocando essa questão imaterial aos ouvintes.

ZR: E sobre o grupo que te acompanha na apresentação de hoje à noite.
IA: O grupo que acompanha a apresentação é formado por músicos virtuoses, assim, da nova geração da música instrumental maranhense, que é o Carlos Ernane, um guitarrista incrível do jazz traditional, do jazz tradicional, um guitarrista que mora na periferia de São Luís e tem uma linguagem muito complexa dentro do jazz, do jazz moderno, do jazz tradicional e do jazz moderno, então foi uma escolha bem específica para esse trabalho. O outro amigo é o Emílio Furtado, que é o baixista, que é o companheiro da cantora de jazz Gabriela Marques, também virtuoso no baixo acústico, que já estuda os grandes jazzistas americanos, como Miles [Davis (1926-1991), trompetista] , como [o saxofonista] Charlie Parker (1920-1955), então grandes músicos do jazz ele já vem acompanhando há muito tempo, e também já colocando essa ideia da rítmica maranhense nas linhas pulsantes do contrabaixo acústico, que remete também, que faz essa ligação com o mundo clássico, da música clássica, do jazz, com essa adaptação do instrumento clássico para o jazz e a rítmica maranhense. E o Andrezinho, que é um grande virtuoso do acordeom, e também vai apresentar um novo instrumento, que é o teclado, muita gente não conhece ele tocando teclado, muita gente não conhece ele tocando teclado, e ele vai experimentar, fazendo algumas coisas eletrônicas, com outros timbres, timbres famosos da década de 1970, de rhodes, do jazz fusion, então ele vai tocar acordeom e teclado, teclado sintetizador.

ZR: Teus trabalhos mais recentes são o álbum solo “Lanka” e o intercontinental “Odyssey”, com músicos de diversas partes do mundo. Além deste show, no que você está trabalhando, o que pode adiantar ao fã clube?
IA
: Durante a estadia no Sri Lanka eu tive a oportunidade de compor muitos álbuns. Eu tenho praticamente quatro ou cinco álbuns prontos para serem gravados e estou preparando um trabalho bem voltado para a música maranhense, do jazz, nesse próximo álbum que eu irei lançar.

Serviço: show “Emaranhado”, de Isaías Alves Quarteto. Hoje (21), às 19h, no Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM, Rua Direita, 149, Praia Grande). Gratuito.

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