A banda 77 Rotações. Foto: Letícia Semeraro. Divulgação
A banda 77 Rotações. Foto: Letícia Semeraro. Divulgação

Todo eleitor ou militante de esquerda já ouviu a expressão “vai pra Cuba”, que dá título a single recém-lançado da banda carioca 77 Rotações, formada por André “Minimoe” (baixo), Caio Coelho (bateria) e Fellipe Pires (voz e violão) – gravado na Toca do Bandido e Estúdio Pardal, a música tem ainda vocais de Letícia Semeraro e Gabriel Murga.

O nome da banda é uma espécie de trocadilho com o primeiro formato popular de discos no Brasil: os famosos 78 rotações, hoje itens de colecionador que ajudam a contar a história da música popular brasileira no período conhecido como era de ouro do rádio.

Vai pra Cuba. Single. Capa. Reprodução
Vai pra Cuba. Single. Capa. Reprodução

Pop rock com deliciosa pitada de ijexá, “Vai pra Cuba”, de modo mais ou menos sutil, toca em temas sensíveis ao Brasil sob o jugo do neofascismo, como a fome, a pandemia de covid-19 e o futuro que se descortinará com a eleição presidencial.

Lançada antes do primeiro turno, a música é trilha sonora crítica para a recente nova onda de xenofobia contra nordestinos que tornou a assolar as redes sociais após a votação maciça do candidato Luís Inácio Lula da Silva (PT) no Nordeste – o candidato passa ao segundo turno tendo sido o mais votado no primeiro – contra Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

“E agora vamo em frente/ já é hora de ir simbora/ mas pra onde ir a já?/ se a besta tá lá fora/ cuidado com a rua cheia/ ouve o mito que te enrola/ olha a fila, quanta gente/ sem tempo pra ir embora”, diz a letra.

*

Ouça:

PUBLICIDADE

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA REPOSTA

Por favor, deixe seu comentário
Por favor, entre seu nome