sexta-feira, abril 19, 2024

A sociedade incivil, segundo Muniz Sodré

Muniz Sodré, que lançou "A Sociedade Incivil", durante o XVIII Enecult
A civilidade virou demodé. A ideia de cidadãos que respeitam certas formalidades e condutas para demonstrar mútuo respeito e consideração entre si vale muito pouco. A concepção de um cenário em que instituições, organizações e Estado atuam politicamente só existe formalmente. A bola da vez é A Sociedade Incivil (Editora Vozes), nominado em livro pelo sociólogo e jornalista Muniz...

Quem tem medo de Malcolm X?

Malcolm X
"Sempre que você leva seu dinheiro para fora da sua comunidade e o gasta em uma comunidade onde não vive, a comunidade onde você vive fica cada vez mais mais pobre e a comunidade onde gasta seu dinheiro fica cada vez mais rica. Daí você se pergunta por que o lugar onde mora é sempre um gueto ou uma...

Taciana, Marisa e Karina nas asas de Belchior

Marisa Orth
A atriz e cantora Marisa Orth é vocalista da banda Romance e durante anos protagonizou a banda Vexame, formada na década de 1990 desde São Paulo. "A Vexame tinha grandes músicos e arranjadores. Era uma banda que soava bem. Resgatar o cafona naquele momento dava um toque cult. Vexame acabou, apareceu a Banda Calypso, usando aquelas roupas, é o...

Funk, arrastões e rolezinhos no roteiro do racismo

Renan da Penha e o Baile da Gaiola em 2019
Em 18 de outubro de 1992, um encontro de funkeiros na praia do Arpoador, na zona sul do Rio de Janeiro, tornou-se marco zero de uma série de eventos à qual a sociedade brasileira daria a designação de "arrastões". Em dezembro de 2013 e janeiro de 2014, MCs de funk e influenciadores periféricos das redes sociais marcaram encontros em...

Zuza Homem de Mello baila com João Gilberto em “Amoroso”

Zuza Homem de Mello e João Gilberto - foto acervo pessoal do autor
Zuza Homem de Mello (1932-2021) não estava brincando quando colocou as seguintes entre as últimas palavras do livro Amoroso - Uma Biografia de João Gilberto (nas estantes a partir de sexta-feira, 5 de novembro): "Um agradecimento muito especial aos competentes e dedicados médicos que tanto me ajudaram a viver até os 87 anos para poder escrever este livro". De fato, o...

Seria possível uma MPB sem preconceitos?

Ney Matogrosso nos anos 1970
Ao tomar para si a missão de reconstituir toda a história da música popular brasileira, o jornalista e pesquisador musical carioca Rodrigo Faour meteu-se, inevitavelmente, num grande labirinto, que ele começa a trazer a público com o primeiro volume de História da Música Popular Brasileira sem Preconceitos, sob o subtítulo Dos Primórdios, em 1500, aos Explosivos Anos 1970, em nada menos que 574 páginas. Esmiuçar tudo que...

Uma outra leitura sobre o naturalismo brasileiro

Aluísio Azevedo (1857-1913)
Para um leitor não exatamente familiarizado com os temas dos movimentos literários do final do século 19 e do início do século 20, o livro O Naturalismo e o Naturalismo no Brasil - Questões de Forma, Classe, Raça e Gênero no Romance Brasileiro do Século 19, do jornalista e crítico literário paulista Haroldo Ceravolo Sereza, desperta atenção e inquietação amplas, menos...

Meu amigo João

João Gilberto nunca estudou violão, aprendeu sozinho com um violão emprestado. A batida no instrumento foi inspirada no jeito que Vadu Corta Passe, um jogador de futebol ruim de bola de Juazeiro, fazia percussão numa caixinha de fósforo.  Em seu primeiro grupo musical, Enamorados da Lua, ele e os outros três músicos se apresentavam de smoking, gravata borboleta e...

Paulo Cesar de Araújo reencontra Roberto Carlos

Paulo Cesar de Araújo - reprodução YouTube
A determinação de construir uma biografia de Roberto Carlos transformou-se numa epopeia na vida do historiador baiano Paulo Cesar de Araújo, que no novo Roberto Carlos Outra Vez Volume 1 - 1941-1970 reúne depoimentos que tomou entre 1990 e 2021 de um elenco vistoso de personagens. Muita coisa aconteceu nesses 31 anos, tanto na saga de Roberto Carlos como um dos mais bem-sucedidos compositores brasileiros...

“Álbum”, uma viagem pela era dos discos de longa duração

Pedro Alexandre Sanches, "Álbum 1 - Saudade, Bossa Nova e as Revoluções dos Anos 1960" (2021)
Está nas livrarias virtuais a partir de hoje, quarta-feira (15), o primeiro volume do meu livro Álbum, subtítulo Saudade, Bossa Nova e as Revoluções dos Anos 1960. Serão quatro volumes, tecendo considerações sobre álbuns brasileiros importantes (pelo sucesso popular conquistado, mas nem sempre) que foram lançados desde a invenção do formato LP, no início dos anos 1950, até a decadência...