Luís Inácio Costa lança “Hotel Deriva” hoje no Chico Discos

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"Hotel Deriva" - capa/ reprodução
"Hotel Deriva" - capa/ reprodução

Especialista em Walter Benjamin (1892-1940), o poeta Luís Inácio Costa, professor do departamento de Filosofia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), encampa, de maneira muito particular, a figura do flâneur, resultando numa poesia sui generis.

Hoje (21), às 17h30, ele lança Hotel Deriva (Patuá, 2024), em boca da noite de autógrafos no Chico Discos (esquina de São João com Afogados, Centro, São Luís/MA), ponto habitual de sua flânerie.

São Luís e São Paulo são as paisagens por onde se alternam os poemas desta nova coletânea do poeta, em que amor e ódio caminham de mãos dadas por estes purgatórios de beleza e caos, como já disseram Fernanda Abreu, Fausto Fawcett e Laufer sobre o Rio de Janeiro – e hoje em dia, que cidade não o é? Ou, como me disse Celso Borges (1959-2023) em entrevista em 2006: “São Luís e São Paulo são os dois santos da minha vida, um em cada um dos meus ombros, trocando sempre de lugar. Ora protetores, ora algozes”.

Se ninguém nasce e vive impunemente em São Luís do Maranhão, como escreveu Marcus Pereira na contracapa de Lances de Agora (1978), de Chico Maranhão, ninguém sai ileso à poesia de Luís Inácio Costa, como (nos) alerta, no prefácio de Hotel Deriva, Henry Burnett, cantor, compositor e professor livre-docente do departamento de Filosofia da EFLCH/Unifesp.

Experimentem: “ruiu a igreja do Carmo às seis e quinze em ponto/ as velhas estateladas no meio do gesto de pedir esmola/ escombros que escrevem umas reticências barrocas/ nos olhos que espreitam do abrigo antiaéreo da João Lisboa/ quem ouve agora as Bachianas Brasileiras nº 5?” (em “Spleen e Cuscuz Ideal”).

Leia orelha, prefácio e cinco poemas no site da Editora Patuá.

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