A família Ramil no palco do Theatro São Pedro, em Porto Alegre/RS. Foto: Karine Vianna/ Divulgação
A família Ramil no palco do Theatro São Pedro, em Porto Alegre/RS. Foto: Karine Vianna/ Divulgação

Família Ramil lança disco gravado ao vivo em 2018. FAROFAFÁ conversou com exclusividade com Vitor Ramil. O artista lançou hoje single composto em parceria com 64 crianças gaúchas

Membros de uma das famílias mais musicais do Brasil finalmente reunidos em álbum e show: você com certeza já ouviu falar do sobrenome Ramil, desde a dupla Kleiton e Kledir, passando por Vitor Ramil, até chegar à geração de Ian Ramil, vencedor do Grammy Latino de 2016, com o álbum Derivacivilização (2015).

"Casa Ramil". Capa. Reprodução
“Casa Ramil”. Capa. Reprodução

Casa Ramil é o álbum gravado ao vivo em 2018, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre/RS, reunindo Kleiton (violão aço, violino e percussão), Kledir (violão nylon, cuatro venezuelano e efeitos eletrônicos), Vitor (violão aço, viola, saz, percussão, harmonium e controladora midi), Ian (violão aço, saz, percussão, monotrom e harmonium), Gutcha (percussão, rabeca e harmonium), Thiago Ramil (baixo, violão aço, guitarra, controladora midi e efeitos eletrônicos) e João Ramil (percussão e baixo).

O registro que chega agora aos olhos e ouvidos do público é descontraído e despojado em seu clima de confraternização, com instrumentos passando de mão em mão e as vozes se amalgamando, num resultado de beleza surpreendente, com o ouvinte se sentindo mesmo na varanda da casa dos artistas.

Batizado por canção inédita de Vitor Ramil, o álbum não é uma coletânea ou uma reunião com os maiores sucessos dos familiares, embora estes não faltem ao roteiro. Estão lá “Vira Virou” (Kleiton Ramil), “Estrela, Estrela” (Vitor Ramil) e “Ramilonga” (Vitor Ramil), para citar umas poucas.

O álbum está disponível nas plataformas de streaming e o show completo no Youtube. Casa Ramil deve ganhar também edição física em breve. Por telefone o cantor e compositor Vitor Ramil conversou com exclusividade com FAROFAFÁ.

O cantor e compositor Vitor Ramil. Foto: Marcelo Soares/ Divulgação
O cantor e compositor Vitor Ramil. Foto: Marcelo Soares/ Divulgação

ENTREVISTA: VITOR RAMIL

ZEMA RIBEIRO: Ao ouvir Casa Ramil, que é um álbum em família, eu me peguei pensando em como eram ou como são os finais de semana, os aniversários na casa da família Ramil. Pensei em encontros e festas regados a muita música. Isso existe, faz sentido pensar nisso? Foi daí que surgiu a ideia desse registro?
VITOR RAMIL: Olha, na verdade, aqui em casa nunca fez muita diferença se é dia de festa ou não para ter música, sabe? Porque era uma rotina, assim, por exemplo, o tempo que eu morava aqui, que eu era criança, e morávamos o Kleiton, o Kledir, o Kléber, a Branca, a Kátia e eu, os seis irmãos, mais o pai e a mãe, e primos, gente que sempre morava com a gente, então tinha muita música todo tempo. Era todo tempo aquilo. Agora mesmo eu estou nessa casa, estou sentado aqui numa saleta onde ficava o pai sentado, a gente sentava por aqui todo mundo, sempre tinha alguém tocando, de repente o pai estava cantando, a mãe, entendeu? Então, nunca fez diferença para nós, um dia de aniversário, de festa era tudo sempre igual, muita música, né?

ZR: Entre a informalidade de casa e o profissionalismo no palco, o que foi mais difícil ao transpor esse espetáculo da intimidade familiar para ele ser visto e ouvido pelos fãs?
VR: Esse espetáculo surgiu, na verdade, de uma ideia da Branca, nossa irmã e produtora, de a gente se reunir lá no Laranjal, na Praia do Laranjal, aqui em Pelotas, pra tocar nos verões. A gente sempre se encontrava lá, mas ela sugeriu, “quem sabe todo mundo leva seus instrumentos e vamos começar a tocar pra mãe”, porque a mãe tá agora com 97 anos, mas quando a gente começou isso foi 2018, pra ela reviver um pouco o ambiente de música na casa, trazer um pouco de alegria também pra ela, e aí a gente começou a tocar, e já eram irmãos, com sobrinhos e filhos e todo mundo misturado. Então, de repente, tinha várias gerações ali, até os netos e bisnetos de minha mãe juntos e, bom, depois de dois, três anos, dois, três verões, que a gente ficou fazendo isso, aí veio a ideia do espetáculo, e a gente já tinha tocado um monte de música, já estava assim. Aí, claro, deu todo um processo, porque a gente então estava em casa, informalmente tocando, experimentando novos instrumentos, porque como todo mundo levou o que tinha, uns começavam a pegar as coisas dos outros, eu mesmo comecei a tocar viola caipira, que eu nunca tinha tocado, um instrumento turco que o Ian tinha também, chamado saz, e assim vai. Cada um foi pegando as coisas dos outros e se criou uma sonoridade muito interessante ali, uma sonoridade nova, pra nós, em casa. Bom, daí foi um passo, a partir disso teve todo um processo, a gente se organizar, racionalizar os trabalhos, os arranjos, tudo mais, mas sempre se manteve o mesmo clima prazeroso.

ZR: Casa Ramil foi gravado em 2018, mas só está sendo lançado agora. Além da pandemia, teve algum outro motivo para essa demora nesse lançamento, uma maturação, o que você pode dizer?
VR: Na verdade a pandemia foi o principal fator. Agora, assim que terminou a pandemia estava todo mundo fazendo muita coisa e a gente teve todo um trabalho demorado de preparação, porque na verdade não havia uma intenção de fazer um disco desse trabalho, desses primeiros shows, porque esse disco é um registro praticamente do nosso primeiro show. Teve um show em Pelotas e depois teve em Porto Alegre, eu acho que na segunda noite a gente já estava gravando. Mas era uma gravação tipo informal, foi bem gravado, porque hoje em dia tu tem condições de gravar bem as coisas na informalidade, vamos dizer. Inclusive a filmagem, foi filmado por amigos, então teve todo um trabalho de transformar aquele material bruto no disco. E te confesso que foi surpreendente até para nós o resultado, como ficou bom, foi incrível, a gente não teve que regravar nada, foi tudo trabalhado a partir do material bruto ao vivo mesmo.

ZR: Sem retoques de estúdio, tudo ao vivo?
VR: Não, acho que não teve nenhum, não. Não me lembro, pelo menos.

ZR: Vai ter edição física ou só streaming?
VR: A gente pretende ter a física também, mas como demorou muito o processo todo, a gente não conseguiu chegar a tempo, agora no dia do lançamento, que estava previsto, então aí relaxamos. Agora, daqui a um pouquinho mais a gente vai fazer um disco físico, cd, talvez até um elepê, vamos ver aí como é que anda a coisa. Eu, pelo menos, gosto do registro físico, eu sempre faço dos meus. É como se não existisse se a gente não fizer [risos], é uma sensação estranha.

ZR: Concordo contigo. Ainda sou de ouvir música pegando, acompanhando as letras no encarte, aquele ritual todo.
VR: Pois é, eu gosto também. Exatamente.

ZR: Vitor, a gente percebe um equilíbrio no repertório. Não é um álbum de grandes sucessos do Vitor Ramil, grandes sucessos do Kleiton e Kledir ou da geração mais nova, embora esses grandes sucessos também apareçam aqui e acolá, mas tem lados b, tem músicas mais recentes da nova geração da família. Como foi esse processo de seleção de repertório?
VR: Olha, nesses nossos encontros lá, a gente ficava cantando, depois quando surgiu a ideia de organizar um show a gente já começou a pensar no repertório do show. Nesses shows que a gente fez a gente experimentou algumas coisas no primeiro, tirou, botou outras, a gente foi indo assim. Depois, na hora de selecionar pro disco, a gente foi um pouco assim, em função de, mais ou menos, ter uma divisão equânime em relação ao número de músicas que tinha de cada um no show. A única coisa nova, nova mesmo que tinha ali é a música que eu fiz para a abertura do show, que se chama “Casa Ramil”, e as demais são canções do nosso repertório de cada um. A gente acabou optando por aquilo que funcionava melhor pro grupo, entende? Eu acho que uma das marcas principais do Casa Ramil são as vozes, a soma das vozes. A gente já tem essa soma genética, os timbres muitas vezes são muito parecidos, então quando a gente canta junto se cria uma massa de som muito bonita, muito agradável. Todo mundo comenta muito isso depois dos shows, que a grande marca é de ouvir as vozes todas juntas e a gente tem o Kleiton, que é um grande arranjador de vozes, ele é simplesmente genial fazendo isso. O caminho foi um pouco esse, a gente foi escolhendo canções que a gente gostava de cantar, ou dos outros, fomos dividindo. Pro disco a gente fez ainda uma segunda seleção, porque o show tinha 20 e poucas músicas e pro disco ficaram 12.

ZR: Você falou nas memórias da infância e da adolescência, do pai e da mãe, essa coisa de viajar para levar um pouco de alegria para a mãe e tal. Além do elenco do álbum propriamente dito, os sete no palco, outros parentes comparecem em vinhetas. Eu queria te ouvir sobre essas presenças e aproveitar para saber o seguinte: se a arte sempre foi algo incentivado na família de vocês, se não havia aquela coisa que é muito comum nas famílias brasileiras, de querer que os filhos procurem algo mais seguro, talvez mais rentável. Como é que era isso na família Ramil?
VR: Sabe o que houve: na verdade, por exemplo, meus irmãos mais velhos, o Kleiton, o Kledir e o Kléber, que era o primogênito, todos eles foram os que começaram a estudar música, todo mundo aqui em casa estudava música. Mas eu acho que o pai e a mãe não imaginavam que metade dos filhos iam virar profissionais de música. Agora, o Kléber mesmo, o mais velho, foi o primeiro a compor, cantar e tal, mas na geração dele era mais complicado desenvolver uma carreira, não tinha muito horizonte pra isso na época. Tinha, claro, artistas na década de 1950 e tal, mas ele foi para a medicina. Depois o Kleiton e o Kledir quando começaram a fazer música, eu lembro que o pai e a mãe diziam para eles, principalmente o pai, “olha, tudo bem, mas tem que terminar a faculdade, depois vocês vão tocar” [risos], como se tocar não fosse uma profissão, vamos dizer. Para a geração deles isso era meio inconcebível. Só que quando chegou, por exemplo, a minha hora, os meus irmãos já eram famosos no Brasil e ganhavam 20 vezes mais que o pai e a mãe [risos], entendeu?, então eles se deram conta que aquilo também era um trabalho, uma profissão, era uma coisa que foi se afirmando ao longo dos anos para as pessoas. Então, hoje em dia eu acho que já nem tem tanto isso, porque mesmo as profissões mais convencionais, por exemplo, o cara se forma médico, ele tem que batalhar muito para entrar no mercado, que está cheio de médicos, um advogado também, então, todas as profissões que antigamente tinham esse prestígio da segurança, já não é bem assim a cena. E por outro lado uma pessoa que vai trabalhar a partir do seu talento para determinada coisa ela pode ter muito mais oportunidades se abrindo. Claro que a música sempre é uma batalha, é difícil se afirmar,  se colocar, formar o público, tudo isso. Mas foi deixando aos poucos de meter medo. Tanto que, então, chegou a minha hora, já não fui muito cobrado, aos 18 anos já estava independente, também já ganhava mais que meus pais, sabe? [risos]. Agora, meus filhos mesmo, os dois são artistas, na verdade já foram super estimulados para serem artistas mesmo, o caso do Ian e da Bel [Isabel Ramil, que assina vídeos e iluminação do espetáculo], nossos filhos, e todos os netos da minha mãe passaram pela arte de alguma forma, muitos seguem nisso, outros foram para outros caminhos, mas poucos deles, como diz o Kledir, o Kledir reclama às vezes, brincando, “pô, não sai nenhum médico nessa família, para cuidar de nós, não sai nenhum dentista” [risos], mas é mais ou menos isso mesmo.

ZR: Voltando para teu momento, aquela coisa do Estrela, Estrela, com 18 anos, e tal. Pensando em retrospectiva, você acha que foi mais difícil, não a coisa de, por exemplo, já tinha irmãos famosos, o que poderia ser um incentivo no sentido de tranquilizar teus pais, mas assim, o fato de “ah, mais um Ramil, já tinha dois famosos”, você enfrentou essa dificuldade, essa resistência, ou foi mais fácil? E você chegou a estudar alguma coisa fora da música, a formar em outra coisa?
VR: Tu sabe que eu fiz jornalismo, né? Ninguém me cobrou nada, meus pais não me cobraram, mas eu tinha pra mim essa coisa, eu tenho que fazer uma faculdade, eu tenho que fazer um curso. Eu sabia que eu queria fazer música, mas eu tinha isso, eu sabia que eu tinha que ir pra faculdade. Depois eu fiquei sabendo que meu pai nem tinha gostado muito da minha opção [risos], ele preferia até que eu tivesse feito música na faculdade, essas coisas. Mas eu fiz um pouco para atender uma expectativa que eu supunha que houvesse. Eu fiz jornalismo e, claro, como eu comecei muito cedo, na verdade eu nunca percebi resistência ou não em relação ao fato de meus irmãos já terem a carreira, serem conhecidos, eu nunca senti isso, mas eu imagino que sim, às vezes eu ouvia gente que comentava “ah, eu não gosto de Kleiton e Kledir, então eu nem vou ouvir esse irmão deles”, por exemplo, ou o contrário, gente que gostava e queria conhecer. Então tu tem de tudo. Agora, sempre é um desafio, eu vejo inclusive agora, porque meu filho também é compositor. Por exemplo, minhas primeiras coisas eram sempre assim, “Vitor Ramil, vírgula, irmão de Kleiton e Kledir, vírgula, lança seu novo disco”, sabe? Então durante muito tempo foi aquilo, aquela referência. Com os anos foi parando isso, tem muita gente que nem sabe que a gente é irmão e tal, então isso estava lá, mas para mim nunca teve um peso negativo, até porque a gente sempre teve trabalhos bem diferentes, eu corri em outra raia, vamos dizer assim, e meu filho também agora, nossos sobrinhos, então é aquilo, sobrinho de Vitor Ramil, sobrinho de Kleiton e Kledir, é meio inevitável essa coisa no mundo da divulgação e tal, mas por outro lado é legal porque fortalece, tem que ser perseverante para poder passar por isso tudo e ao mesmo tempo, tendo uma estrada, assim, em casa, você vai aprendendo um monte de coisa. Eu acho que eu comecei tão cedo, não porque meus irmãos tenham me colocado objetivamente numa gravadora, isso ou aquilo, não foi assim que se deu, mas eu desde os 10 anos os acompanhava em shows, eu adolescente já estava fazendo vocal nos discos deles, indo a shows, vendo como é que montava um palco, tudo isso, eu me criei no meio, vamos dizer assim. Então eu aprendi muito, quando chegou a minha hora de fazer as coisas eu já tinha cantado num microfone de estúdio, eu já sabia como era uma mixagem, eu já sabia um monte de coisa, então isso acelerou muito meu processo também. E eu vejo isso também nos nossos filhos, eles já nascem e se criam nesse ambiente, que já têm uma pegada profissional, é bom para eles. Com relação ao público é aquilo, tem que enfrentar e ir se afirmando. Pode ser complicado, mas aí vai depender de cada um.

ZR: Casa Ramil tem sete artistas no palco. Existe alguma pretensão de vocês circularem com esse espetáculo ou as agendas individuais acabam complicando um pouco as coisas?
VR: Sempre complica, né? Todo mundo, às vezes surge uma ideia de um show, aí fulano teve show ontem, não sei o quê, o outro está viajando, e começa que a gente mora cada um num lugar do Brasil. Eu moro em Pelotas, o Ian e o Thiago moram em Porto Alegre, o Kleiton e o Kledir no Rio, o João estava morando na Bahia, nem sei onde ele anda agora, acho que está no Rio de volta, e a Gutcha mora no Amapá, é antropóloga também, vive na floresta, às vezes a gente não consegue contato com ela. Começa que é bem complicado, é um grupo grande, mas a gente vai tentando conciliar, para a gente poder fazer as coisas. Mas não é um grupo que esteja todo mundo todo tempo pronto para fazer qualquer negócio, é bem complicado. Tu tinha me perguntado, acho que eu não te respondi, se tinha mais gente além do palco, outros Ramil…

ZR: Não, era o lance das vinhetas.
VR: Ah, das vinhetas, isso mesmo. É que ali tem umas falas do pai, da mãe e da nossa avó, que morava com a gente, a vó Branca. A gente colocou ali essas falas deles para criar um clima assim mesmo familiar.

ZR: Sim, muito interessante. Vitor, ano passado você lançou Avenida Angélica, com poemas de Angélica Freitas musicados por você, e a reedição de Ramilonga, que completou 25 anos, e agora este ano está saindo Casa Ramil, gravado em 2018. O que você pode adiantar de novos projetos?
VR: Olha, no momento eu já estou gravando um disco novo, que eu fiz durante a pandemia. Musiquei 13 poemas do Paulo Leminski (1944-1989) em menos de um mês, e aí eu reuni com mais dois poemas que eu tinha já musicado um tempo atrás, e estou gravando essas 15 parcerias com o Paulo Leminski, vou fazer um disco todo voltado para a poesia dele, que nem eu fiz com a Angélica. A diferença é que, como agora eu não estou em período de isolamento, eu vou gravar com músicos, que era até o meu projeto original para a poesia da Angélica, e já começamos, já estamos gravando, está razoavelmente bem adiantado, então deve sair ano que vem. Coincidentemente o ano que vem ele estaria completando 80 anos, eu me dei conta no meio do caminho, e achei curioso, é uma sincronia muito interessante. Também estou escrevendo, um livro chamado A Estética do Frio, que é um aprofundamento de uma palestra que eu dei em Genebra em 2004, também completa 20 anos ano que vem, eu estou muito dedicado a isto, porque é um tema que ganhou a rua muito rapidamente e sobre o qual eu nunca me dediquei muito, de desenvolver, de aprofundar, fui deixando o tempo correr, até para perceber as movimentações, como a coisa acontecia, tem a ver com questões identitárias do sul do Brasil, e no final da pandemia eu mergulhei no tema. Esse é meu trabalho de todo dia, da manhã à noite, e tem essas duas coisas previstas para ano que vem. Também estou lançando agora em setembro uma música que eu compus com 64 crianças, olha só. Eu fui homenageado numa escola em Porto Alegre e aí eu propus a eles lá, nesse processo de trabalho com as crianças de a gente compor uma canção juntos. E compusemos uma canção incrível, eu fiz a música, e depois ensinei eles a fazer uma letra, são crianças de oito e nove anos, para você ter uma ideia. Então fizemos uma música muito linda, gravamos, filmamos, e agora em setembro eu vou lançá-la, a gente vai fazer um show beneficente em Porto Alegre, para outras crianças, para destinar a verba para alguma instituição que trabalhe com crianças que necessitem. É isso, são coisas que não param.

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Assista ao videoclipe de Acordei Sonhando:

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Ouça Casa Ramil:

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Assista Casa Ramil:

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