Mamãe era uma pedra rolante

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Era início da década de 1970, quando plágio já era plágio, mas a parte mais criativa da humanidade ainda não havia inventado samplers, manguebit, mashups ou tecnobrega.

Foi quando o genial conjunto de soul-iê-iê-iê Trio Esperança apanhou a marchinha carnavalesca “Ta-Hi” (1930), de Joubert de Carvalho, imortalizada pela portuguesa-carioca (e futuramente norte-americana) Carmen Miranda, e a forrou com o arranjo decalcado na suite Motown-psicodélica “Papa Was a Rolling Stone” (1972), do grupo norte-americano de soul The Temptations.

O disco (de 1974), cuja capa vai reproduzida acima, era Trio Esperança (obrigado, Pedro Noizyman!), e a música é esta:

A matriz, em 12 minutos sublimes, está aqui:

Ou aqui, em versão miniaturizada, mas igualmente fabulosa:

Talvez os feras do eletromelody paraense da Gang do Eletro não tenham passado (conscientemente) pela rodovia soul-jovem guarda dos Temptations e do Trio Esperança para chegar até Carmen Miranda e “Ta-Hi”. Mas chegaram, do mesmo modo como o Trio Esperança provavelmente chegaria se tivesse 20 e poucos anos em 2010:

Mãe Carmen Miranda paira por cima de todos, os que a conheceram e os que não, “eles” e “nós”.

(ALERTA – O Ministério da Cultura adverte: esta postagem está assasinando a música e a cultura brasileira e mundial.)

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1 COMENTÁRIO

  1. ai ai da hora demais =) adoro saber dessas versões… tem uma versão pra completar essa lista que é a Das Model do Kraftwerk transformado em “Não faz assim comigo, não me diga não, meu amor vem pra mim” da Gaby Amarantos s2 s2 s2

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