A diretora, produtora e atriz Carla Camurati, que reacendeu a chama do cinema brasileiro com 'Carlota Joaquina', há quase 30 anos

Foi aprovado no último dia 15 pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) a captação de recursos para a produção do filme Carlota Joaquina e o Retorno do Rei, da produtora Copacabana Filmes, da atriz, produtora e diretora Carla Camurati. O novo filme retoma um fio de enorme êxito no cinema nacional: Carlota Joaquina A Princesa do Brazil, de 1995, comédia histórica dirigida por Carla, marcou a retomada da indústria cinematográfica nacional após a longa noite collorista, atraindo cerca de 1,5 milhão de espectadores aos cinemas. 

A Ancine aprovou a captação de 10,5 milhões de reais para a sequência de Carlota Joaquina (o primeiro filme, de 35 mm, está hoje no acervo da Cinemateca Brasileira, em São Paulo). Não obtivemos ainda informações sobre a nova produção e o elenco, que teve, no filme de origem, Marieta Severo, Marco Nanini, Marcos Palmeira e Maria Fernanda. A controversa personalidade histórica Carlota Joaquina foi a mulher do rei D. João VI e Imperatriz do Brasil entre 1816 e 1826, país no qual ela detestava viver.

Após o êxito do primeiro longa, Carla Camurati produziu e dirigiu La Serva Padrona, pioneiro filme em longa-metragem sobre ópera realizado no Brasil (sobre a obra de Giovanni Battista Pergolesi). Em 2001, lançou o seu terceiro longa-metragem: Copacabana. Sua produtora Copacabana Filmes, criada em 1993, produziu ainda o longa-metragem Espelho D’água – Uma viagem pelo Rio São Francisco, de Marcus Vinicius Cezar, e distribuiu, entre outros títulos, Janela da Alma, documentário que foi visto por 150 mil espectadores, e Pro Dia Nascer Feliz, ambos dirigido por João Jardim; A Pessoa é Para o Que Nasce, de Roberto Berliner; e Feminices, de Domingos Oliveira. Na área cênica, dirigiu as montagens das óperas Carmen, de Bizet, e Madama Butterfly, de Puccini, com grande sucesso de público. A quinta produção da empresa, Irma Vap – o Retorno, levou 250 mil pessoas aos cinemas. Produziu e distribuiu o filme de ficção Getúlio, de João Jardim, sucesso do gênero no Brasil com mais de 500 mil espectadores. Em 2015, distribuiu o documentário Los Hermanos – Esse é Só o Começo do Fim da Nossa Vida.

Em 2003 a Copacabana Filmes criou o Festival Internacional de Cinema Infantil – FICI, iniciativa que percorre diversas cidades do Brasil com títulos infantojuvenis de diversas nacionalidades. Entre as realizações do evento estão o projeto A Tela na Sala de Aula, que leva crianças de escolas públicas gratuitamente aos cinemas e o Fórum Pensar a Infância. O FICI chegou à sua 18ª edição em 2020.

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