O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional informou nesta tarde de segunda-feira, 13, que uma escavação para a reforma do esgoto do Palácio do Catete, no Centro do Rio de Janeiro, localizou um piso do século 19 intacto debaixo do chão. O piso oculto também pavimenta trechos do prédio principal, o que indica a possibilidade de a construção soterrada nos jardins ser contemporânea à edificação do Palácio, erguido entre 1858 e 1867 como residência do Barão de Nova Friburgo. O casarão, que já foi lar da nobreza e sede do Poder Executivo Federal, hoje abriga o Museu da República (MR), um dos principais equipamentos culturais do Rio de Janeiro (RJ).

“Quando a modernização do sistema de esgoto do Palácio do Catete começou, há cerca de um mês, não se sabia que sob camadas de terra no jardim se revelaria um piso histórico em ótimo estado de conservação. Com padrões que impressionam pelo requinte artístico, a descoberta surpreendeu até mesmo os arqueólogos que trabalham na obra, já que plantas e documentos antigos não registram uma construção no local. Os artefatos arqueológicos prometem resgatar detalhes esquecidos da propriedade, que foi cenário de acontecimentos emblemáticos da história do Brasil, como a declaração de guerra à Alemanha, em 1917; o lançamento da moeda Cruzeiro, em 1943; e o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954”, informou texto da comunicação do Iphan.

“Ficamos muito felizes com a descoberta desses achados, que agora se transformam em pesquisa arqueológica. Posteriormente, pretendemos expô-los ao público, mas, para isso, precisamos antes desenvolver projetos arqueológicos e museológicos”, disse, em nota, o diretor do MR, Mário Chagas. 

A área onde os achados arqueológicos foram localizados ainda será escavada para verificar a dimensão dos pisos remanescentes. Com 1m40 de largura, o Iphan crê que o comprimento se estenda para além do trecho atualmente visível. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) está analisando junto ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que administra o Museu da República, o melhor modo de preservar os artefatos. Ambas as instituições são autarquias federais vinculadas ao Ministério da Cultura. 

 

  

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