Patrícia Marx e Wado. Foto: Biga Pessoa/ Divulgação
Patrícia Marx e Wado. Foto: Biga Pessoa/ Divulgação

Um clima bossa jazzy se insinua logo na abertura de “Bom Parto” faixa inaugural de “Marwwado”, disco que alia a paulista Patrícia Marx e o alagoano nascido em Santa Catarina Wado.

A calmaria inicial permeia todo o álbum em que os artistas, com consolidadas carreiras solo e alguns prêmios na bagagem, se encontraram, após a experiência inicial num dueto em “Aquele frevo axé” (Caetano Veloso/ Cézar Mendes), single lançado pela dupla em 2021, releitura de um delicioso labo b da baiana Gal Costa (1945-2022).

Marxwado. Capa. Reprodução
Marxwado. Capa. Reprodução

“Marxwado” é um disco curto: sete faixas em pouco mais de 20 minutos. O repertório alia regravações do repertório de Wado, inéditas de sua autoria e releituras de dois clássicos da MPB: “Me Deixa em Paz” (Monsueto Menezes/ Airton Amorim) e “Minha Voz, Minha Vida” (Caetano Veloso), outra do repertório de Gal, aqui com acento soft funky.

Entre as releituras autorais de Wado, o destaque é o hit “Com As Pontas dos Dedos” (parceria com Glauber Xavier). “Marxwado” fecha com chave de ouro: as inéditas “Orvalho” (Wado/ Vitor Peixoto/ Zeca Baleiro), um samba esperançoso, e “Vozes Trans” (Wado/ Vitor Peixoto), potente e atual.

“Quem vai se entregar/ jogar a toalha?/ o jogo não acaba aos 90/ a gente acalenta o sonho/ sonhar é um bem tamanho”, diz a letra da primeira; “Os nós das mãos/ as vozes trans/ as ondas que a gente gosta/ os nãos dos sãos, esperanças vãs/ os nudes que a gente posta/ Me encosta nos cantinhos/ e tange os meus caminhos”, começa a segunda, insinuante.

Em “Marxwado”, Patrícia Marx e Wado são acompanhados por Vitor Peixoto (violão e vocal), Igor Peixoto (baixo), Rodrigo Sarmento (bateria) e Dinho Zampier (teclados).

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Ouça “Marxwado”:

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