Pantera Black. Foto: divulgação
Pantera Black. Foto: divulgação

Rapper maranhense Pantera Black acaba de lançar single “Capoeira”; ela se apresenta sábado (3) no Rock in Rio

“Salve a todos os mestres de capoeira, vai começar”, inicia a maranhense Pantera Black em “Capoeira”, seu novo single. “A hora de aflorar a consciência negra é agora”, continua. Música de enfrentamento, com a mensagem forte acompanhada pelo beat potente de Omar da Ilha, com produção musical de Adnon Soares.

Integrante do coletivo Criola Beat, Pantera Black vem ganhando notoriedade, conquistando espaço e merecido reconhecimento em sua carreira solo. Foi selecionada duas vezes em editais do Conecta Música, braço de formação do Festival BR-135, tendo gravado e lançado, em 2020 e 2021 os singles e videoclipes “Yebá Bëló” (a deusa criadora do mundo, de acordo com os índios Dessanas) e “Bomedipê”. Lançado pelo selo BR-135, o trabalho tem distribuição do selo francês Believe, que atua no Brasil. À época, ela já falava na mixtape “O poder Black Panther”, a sair em breve.

Pantera Black iniciou sua trajetória em batalhas de rimas em São Luís do Maranhão, sua cidade natal, em 2015, e hoje atua como MC, compositora e modelo. Além do lançamento de “Capoeira”, a grande novidade é sua apresentação no Rock in Rio, neste sábado, 3 de setembro.

A maranhense se apresenta às 16h30, no espaço Nave, com Nic Dias e Victor Xamã. Entre os artistas que passarão pelo mesmo palco – durante três dos sete dias de RiR – estão, para citar os que estiveram mais ou menos recentemente no Maranhão, Fafá de Belém (encerramento dos festejos de Nossa Senhora da Conceição, ano passado, na capital), Guitarrada das Manas (Festival BR-135 Instrumental, em Imperatriz, em 2019, e em São Luís, no mesmo festival, este ano) e Mestre Solano (RicoChoro ComVida na Praça, em 2019, em São Luís).

A mensagem de Pantera Black é potente: “África, Jamaica tá no ar/ representatividade nas minhas veias invadem/ já que essa sociedade é programada pra me ver ao relento/ eu somo conhecimento/ trazendo empoderamento/ e impedindo que esses versos se esvaiam como poeira ao vento/ compareço à origem nagô/ sendo blindada e levada com muito amor/ aonde eu for”, prossegue a letra de “Capoeira”, que cita ainda o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela (1918-2013), um dos mais importantes nomes na luta pelo fim do apartheid, além dos Panteras Negras (em que se inspira o título de seu EP – ou mixtape, como ela mesmo se refere – anunciado para breve).

“Capoeira” é diálogo entre origens e ancestralidades – não à toa São Luís é considerada a Jamaica brasileira – pelas vias e veias do hip hop e da capoeira, entre o berimbau e a eletrônica, sem receio de misturar arte e política.

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Assista “Capoeira”:

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