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Logotipo da Agência Nacional de Cinema (Ancine)

A gambiarra de gestão virou rotina na recomposição da diretoria colegiada da Agencia Nacional de Cinema – dois diretores substitutos cujos mandatos temporários, segundo reza a lei, expiraram neste mês de fevereiro ganharam hoje no Diário Oficial da União o segundo mandato irregular em um ano.

Vinicius Clay foi reconduzido hoje para ocupar a vaga que era de Christian de Castro e Edilásio Barra, o Tutuca, ficou na vaga que foi deixada aberta por Mariana Ribas. Trara-se de uma estratégia de “rodízio” nessas funções, como o Farofafá já apontou no ano passado. A trucagem consiste no seguinte: como a legislação impede que o mesmo diretor substituto ocupe a mesma vaga que já ocupava, o diretor presidente (que também é substituto), Alex Braga, os reintegra sucessivamente em vagas alternadas deixadas livres por exonerações. Eles estão há um ano e meio na função.

O maior desafio será o diretor presidente substituto substituir a si mesmo, já que seu mandato expira agora na metade do ano. Nenhum dos atuais membros da diretoria foi efetivado em sabatinas do Senado, e o governo nem sequer enviou nomes ao Congresso esse ano para a composição desse bureau. O agravante está em que os diretores em rodízio já são réus por improbidade na Ancine na 11.a Vara Federal e, essa semana, passaram a ter o julgamento acompanhado por um órgão de controle do próprio governo, a Controladoria Geral da União (CGU).

 

 

 

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