O ministro da Casa Civil, general Walter Braga Neto, anulou nesta quarta, 16, a nomeação do capitão da PM baiana André Porciuncula Alay Esteves para ocupar o cargo de Secretário Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura. Esteves durou pouco mais de um mês no cargo, período pelo qual recebeu R$ 16 mil do Estado. Braga Neto editou uma portaria tornando sem efeito a portaria 388, de 7 de agosto, que nomeou o PM.

A tentativa de militarização da cultura tem arregimentado personagens como Porciuncula, que são impostos ao atual ocupante do cargo de Secretário Especial de Cultura, Mario Frias. Na segunda-feira, o governo anunciou um coronel da reserva, Lamartine Barbosa Holanda, para assumir a Fundação Nacional de Artes (Funarte). Nem durante a ditadura militar houve um militar interventor na Funarte – talvez o governo Bolsonaro tenha se entusiasmado com a coincidência do nome do coronel, Lamartine, com o compositor Lamartine Babo. O presidente exonerado da Funarte, Luciano Querido, indicado por Carlos Bolsonaro em julho, teria entrado em rota de choque com o scretário Especial de Cultura, Mario Frias.

Já a nomeação do PM André Porciuncula tinha gerado entusiasmados apoios da corporação, expressos em nota da Associação dos Oficiais Militares Estaduais da Bahia – Força Invicta: “A Força Invicta deseja que o Cap PM André Porciuncula seja bem-sucedido nessa importante missão”. O governo não explicou o que levou ao fracasso da tal missão relâmpago de Porciúncula.

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