Na foto acima, o time que invadiu no último sábado o Litquake, festival literário de São Francisco:
TOM WAITS, PATTI SMITH, MICHAEL MCCLURE E STEVE EARLE.

O poeta beat Michael McClure (que, em 7 de outubro de 1955, em São Francisco, com um grupo de jovens poetas, deflagrou o movimento) encabeçou uma homenagem a Lawrence Ferlinghetti, o beat da lendária livraria City Lights.

55 anos depois daquela noite, houve uma nova reunião entre músicos & poetas.

Eis como McClure lembrou daquela noite, há 55 anos:

“Eu tinha 22 anos e era o poeta mais jovem. Gary Snyder leu os primeiros poemas ecológicos profundos, Philip Whalen leu poemas zen, Philip Lamantia, visionário surrealista americano, cantou seus poemas, eu li Pela Morte das 100 Baleias, que descreve o assassinato de orcas por forças da Otan na Islândia. Também declamei poemas animistas e o Sermão do Fogo de Buda. O Uivo teve a primeira leitura naquela noite e Jack Kerouac estava na platéia nos estimulando. Desde então, as reverberações daquela noite têm fustigado o silêncio cúmplice da América. Pode-se notar a presença daquilo que nós iniciamos do punk ao hip-hop – assim como em momentos luminosos da pop music e do rock, dos Beatles, e você deve notar a deliberada escolha da palavra BEAT-LES, e as letras do novo disco do Nine Inch Nails.”

PUBLICIDADE
AnteriorFIM DE SEMANA
PróximoLOS MEZCALEROS
Jotabê Medeiros, paraibano de Sumé, é repórter de jornalismo cultural desde 1986 e escritor, autor de Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017), Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019) e Roberto Carlos - Por isso essa voz tamanha (Todavia, 2021)

DEIXE UMA REPOSTA

Por favor, deixe seu comentário
Por favor, entre seu nome