da tenda dedicada às feras do blues saía uma voz que parecia a de tina turner, mas com um condimento misterioso, algo meio lamaçento, pantanoso.

entrei e havia uma cantora sentada no chão. era bettye lavette, lenda norte-americana do soul e do R&B, que eu não conhecia, nem nunca tinha ouvido falar.
fiquei um tempão, e até consegui fazer umas fotos dela. que voz! que nobreza!

tempos depois, na posse do obama, duas cantoras chamavam a atenção do resto da humanidade: a fenomenal aretha franklin, pendurada em um laço maior que o touro de wall street, e bettye lavette (cantando com… jon bon jovi).

depois, soube que bettye vai abrir a turnê change begins within, de paul mccartney, no radio city music hall de nova york, no dia 4 de abril.
mês passado fiquei sabendo que ela está a caminho de são paulo. vai cantar no bridgestone music festival, no dia 16 de maio, no antigo palace, em moema.

bettye, mais rené marie e a cantora do tok tok tok, a nigeriana tokunbo, não são de se perder (sem contar o novo show de jimmy cobb, em homenagem ao disco kind of blues, de miles davis, que está completando 50 anos).

cansado de menininhas inglesas fazendo pirraça em público para seus ex-namoradinhos?
vá de bettye, aqui tem fogo.

http://www.youtube.com/watch?v=WGA5PmWXW2I&feature=related

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Jotabê Medeiros, paraibano de Sumé, é repórter de jornalismo cultural desde 1986 e escritor, autor de Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017), Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019) e Roberto Carlos - Por isso essa voz tamanha (Todavia, 2021)

1 COMENTÁRIO

  1. Porra, Jotabê, a Bettye é foda. Usei uma música dela na trilha sonora da peça “Vergonha dos pés” da Fernanda Young. Todo mundo queria saber quem era. Dia desses vi um show dela na Tv a Cabo. Grande abraço.

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