quarta-feira, maio 1, 2024

Os rumos de Ná Ozzetti e Zécarlos Ribeiro

Da esquerda para a direita: Jonas Tatit, Zécarlos Ribeiro, Ná Ozzetti e Danilo Penteado. Foto: divulgação
Com quase 50 anos de estrada e mais de 40 da estreia fonográfica, com o álbum “Rumo” (1981), intitulado simplesmente pelo nome do grupo, o Rumo, fruto do encontro de estudantes da USP, a maioria da Escola de Comunicação e Artes, é nome de proa da vanguarda paulistana.A trajetória é, em alguma medida, errática: após dois discos em 1981...

Somos caipiras piraporas

Começa hoje (13/9) na capital paulista a 17ª edição do Revelando São Paulo, festival da cultura interiorana do Estado mais rico do Brasil. Pelos próximos dez dias, o Parque do Trote, na Vila Guilherme, zona norte, reúne uma série de apresentações que mostram a diversidade da produção artística pouco conhecida pelos brasileiros, e até pelos paulistanos. Se na música...

Guitarra elétrica

'Ouvi muito pouco o Frank Zappa. Só conseguia ouvir se tivesse dinheiro para importar'As pessoas sempre associaram a minha música ao Frank Zappa, ouvi comentários elogiosos como “Zappa brasileiro” e depreciativos, como imitador de Frank Zappa. Acho engraçado porque, para mim, Bartok, Stravinsky e Schoenberg estão mais presentes no que faço. E também acho engraçado, porque eu ouvi muito...

Douglas Germano, o homem na bolha

Douglas Germano
O artista paulistano Douglas Germano demorou para florescer na música (tem hoje 53 anos), e floresceu num período soturno da história brasileira, principalmente a partir de uma canção-símbolo chamada "Maria de Vila Matilde" (2016), tornada histórica na voz feminista de Elza Soares: "Jogo água fervendo se você se aventurar/ (...) cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim". Bem...

O mestre de Tom Jobim

Uma justa homenagem a Villa-Lobos na coluna de despedida do músico Arrigo para a Revista PiauíBom, já está chegando a hora das despedidas, acredito que um novo blogueiro deve assumir a partir de julho, aproveito para agradecer os leitores e ouvintes, pela atenção dispensada.Não poderia terminar sem oferecer para vocês, leitores e ouvintes, alguma coisa de Villa Lobos,...

Itamar Assumpção ressurge em opereta

PretOperItamar
No ano em que Itamar Assumpção (1949-2003) completaria 70 anos, um time feminino homenageia o compositor paulista com a opereta PretOperItamar - O Caminho Que Vai Dar Aqui, em cartaz até 15 de dezembro no Sesc Pompeia, em São Paulo. O projeto foi idealizado pela filha de Itamar, Anelis Assumpção. A dramaturgia é de Ana Maria Gonçalves, autora do...

Filarmônica de Pasárgada despe São Paulo em “PSSP”

Montagens fotográficas alegorizam a homenagem crítica da Filarmônica de Pasárgada à capital paulista - fotos Zé Vicente
Orgulho paulistano não é algo muito comum em termos de música popular (nem em outros termos), embora resvale em obras bissextas como as de Adoniran Barbosa, Rita Lee e Itamar Assumpção ou de paulistas adotivos como Tom Zé, Arrigo Barnabé e outros poucos. É, no entanto, o que caracteriza desde o início da década de 2010 o som da Filarmônica de Pasárgada, com todas as peculiaridades e contradições...

As diferenças (…Betha Pickles, a conservada em álcool! )

Carlinhos, saia vestido de mulher, e era tratado como uma mulher. Parecia com a Maria BethâniaTive um amigo, que conheci durante o curso ginasial, Carlinhos. Quando viemos estudar em São Paulo, o Carlinhos teve coragem de assumir que era gay. E radicalizou na maneira de vestir e se comportar. Passou a se maquiar, e se descobriu como mulher, aprisionada...

Na esquina, com Alice Cooper e Bela Bartok

No primeiro semestre de 1972, enquanto estava na faculdade de Arquitetura, ouvi pela primeira vez falar de Alice Cooper. Um colega, que havia morado nos Estados Unidos, e estava voltando para o Brasil, falando da cena musical americana, descreveu entusiasticamente o som, me explicando que ele teatralizava tudo. Eu achei aquilo demais, mesmo não conhecendo a música, apenas pelo...

O amor à música e à tradição, por Eliete Negreiros

Eliete Negreiros
Dona de uma carreira musical bissexta, de apenas cinco álbuns desde o fundador Outros Sons (1982), a cantora Eliete Negreiros é também filósofa e acadêmica e publicou dois livros sobre aquele que parece ser seu compositor mais querido, Paulinho da Viola, frutos de mestrado e doutorado em filosofia. O novo livro Amor à Música guarda outra característica, de parentesco vago com o jornalismo: reúne 52 artigos...