Centenas protestam em SP e Rio contra o PL do Streaming

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Manifestação contra o PL do Streaming na frente da Cinemateca, em São Paulo, na tarde desta segunda-feira, 3

Os cineastas Beto Brant, Laís Bodansky, João Batista de Andrade, Alain Fresnot e Dani Broitman, entre muitos outros, além de atores, atrizes, roteiristas, produtores e técnicos, participaram de manifestação contra o PL do Streaming (PL 8889/2017) na frente da Cinemateca Brasileira, na Vila Mariana, em São Paulo, no final da tarde desta segunda-feira, 3. Ao mesmo tempo, outras dezenas de atores, atrizes, cineastas acorreram ao chamado do setor e se manifestaram na frente da Ancine, no Centro do Rio de Janeiro.

Em São Paulo, foram pintados cartazes com as palavras de ordem dos manifestantes. “Soberania nacional também se faz nas telas”. “Contra a uberização do audiovisual”. “Big tech não pode virar produtora brasileira”. “Desconto de 70% é entreguismo”. “Dr. Luizinho, não seja fantoche do capital internacional”. “Condecine justa, FSA forte!”.

Os manifestantes estavam receosos da decisão, anunciada pelo relator do PL do Streaming na Câmara dos Deputados, Dr. Luizinho (PP-RJ), de levar a votação o texto criticado, de qualquer maneira, na noite desta terça-feira, 4. A maioria concordava com a ideia de adiar indefinidamente a votação, para evitar os retrocessos contidos no texto do relator. O manifesto que pede a imediata rejeição do relatório já foi assinado por 1,2 mil trabalhadores do setor audiovisual, entre eles cineastas premiados como Karim Ainouz e Kleber Mendonça.

Entretanto, durante a manifestação em São Paulo, os ativistas do setor foram informados de que teria sido aberta uma rodada de negociação entre o governo e o relator da matéria, Dr. Luizinho, para fazer novas alterações no texto que se pretende levar a votação no plenário da Câmara. A rejeição do relatório da forma como está proposto é unânime: nesta segunda-feira, a Federação da Indústria e Comércio do Audiovisual divulgou uma carta aberta ao Congresso Nacional na qual expressa a preocupação em que seja interrompido o trâmite do projeto de lei, pois “o texto não atende aos interesses do País”, “não protege nem estimula a indústria nacional” e “beneficia exclusivamente as big techs”.

Manifestação na frente da Ancine, no Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira, 3

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