Chegou hoje (28) às plataformas digitais e às melhores casas do ramo (em vinil) o primeiro compacto de Ilessi: “Atlânticas” (Rocinante, 2025) traz uma faixa de cada lado, no rastro de “Atlântico negro” (Rocinante, 2024), seu álbum mais recente: são músicas gravadas para o projeto, mas que acabaram ficando de fora, por mera questão de espaço — qualidade há de sobra (literalmente), atesta o ouvinte, logo ao dar o play.
O lado a traz “Jarina (ou pedra-raiz)”, parceria de Camilla Farias e Ilessi, e o b o medley “Taratá/ Yatra-tá”, unindo releituras de uma adaptação de Clementina de Jesus (1901-1987), cantada à moda de, e uma composição da maranhense Tânia Maria, destacando o protagonismo da mulher, e particularmente da mulher negra, na música popular brasileira.
“Convoco nesse compacto a força da mulher negra e todas as suas formas de criação”, afirma Ilessi, que com o par de músicas homenageia diversas mulheres importantes em sua formação: sua mãe Tiana — que sonhou em ser cantora e participou do show de estreia de “Atlântico Negro” no Teatro Rival Petrobrás, em março passado —, suas irmãs Camila e Magna, a cantora Aurea Martins, referência fundamental que a apresentou a Alaíde Costa, que, por sua vez, participou do show “Atlântico Negro” no Sesc Jazz 2022.
“Atlânticas” atesta o que já sabem os mais atentos: Ilessi é uma das grandes cantoras brasileiras em atividade. A carioca vem pavimentando trajetória coerente desde sua estreia, com “Brigador” (CPC-Umes, 2009), álbum dedicado ao repertório de parcerias de Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro.
Em “Atlânticas”, Ilessi (voz e violão) é acompanhada por Ldson Galter (baixo acústico), Marcelo Galter (teclados) e Reinaldo Boaventura (percussão), no compacto produzido por ela, Marcelo Galter e Sylvio Fraga.
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Ouça “Atlânticas”: