Raul Seixas vive no Ibirapuera

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Painel de Raul Seixas
Fotografia de Rui Mendes, feita em 1987, mostra o Maluco Beleza Raul Seixas e é atração em edifício no Centro de SP

Com um certo atraso em relação à efeméride, já que o aniversário de 30 anos sem Raul Seixas foi em agosto do ano passado, a Prefeitura de São Paulo organizou um tributo ao grande Maluco Beleza da música brasileira. Neste domingo, 26 de janeiro, às 16 horas, será realizado na plateia aberta, nos fundos do Auditório Ibirapuera, o show Colgate Clássicos – Toca Raul, com Frejat, Luiza Possi e um toque de música clássica, com a costura de tudo sendo feita pela Orquestra Sinfônica Arte Viva, criada em 1996 e regida pelo maestro Amilson Godoy.

O repertório é inteiramente raulseixista e o show integra a programação oficial do Aniversário de São Paulo. Raul já é bom em qualquer circunstância, mas ao ar livre no Parque do Ibirapuera deve atrair um belo contingente de fãs (a estimativa é de 15 mil pessoas).

Há outras iniciativas bacanas na eternização da memória de Raul pela pauliceia, como o grande “lambe-lambe” com uma gigantesca reprodução de foto de Raul numa empena cega de um edifício que o fotógrafo Rui Mendes (que fez uma magnífica sessão de fotos com Raulzito em 1987) fez imprimir na lateral de um prédio no Viaduto Santa Ifigênia, avistável da saída da estação São Bento do Metrô e do Mosteiro de São Bento. A obra faz parte do MAR (Museu de Arte de Rua), iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com curadoria de Léo Madeira e Frâncio de Holanda (e autorização do Condomínio BEMGE).

No show do Ibirapuera, a anfitrião é a Orquestra Sinfônica Arte Viva, criada em 1996 pelo maestro Amilson Godoy, que vem se especializando nesses shows crossovers. Após ter encarado nomes como Milton Nascimento, Gilberto Gil e Gal Costa, o conjunto convida agora para o espetáculo o cantor e compositor carioca Frejat e a cantora e compositora paulistana Luiza Possi.

O show em tributo a Raul é uma série que começou em 2017, patrocinada pela Colgate, que naquele ano teve a cantora Sandy como convidada do maestro João Carlos Martins regendo a Orquestra Bachiana Filarmônica para uma homenagem aos 90 anos do cantor e compositor Tom Jobim. Já em 2018, foi a vez da cantora pop Iza dividir o palco com o maestro João Carlos Martins e o sambista Diogo Nogueira para um show de samba.

O guitarrista, compositor e cantor carioca Frejat é velho conhecido dos amantes do rock nacional. Integrou o Barão Vermelho ainda garoto, aos 19 anos, como parceiro de Cazuza, e é um fã exacerbado dos Rolling Stones. Em 1985, após a saída de Cazuza, Frejat assumiu os vocais e a composição do Barão Vermelho e manteve o grupo em evidência até 2001, quando iniciou sua carreira solo com “Amor Pra Recomeçar”.

A Orquestra Sinfônica Arte Viva já se apresentou com artistas como Arthur Moreira Lima, Yamandu Costa, Milton Nascimento, Ivan Lins, Zimbo Trio, Elba Ramalho, Dominguinhos, Maria Rita, Lulu Santos, Rita Lee, Skank, Jota Quest, Gilberto Gil, Gal Costa, Daniela Mercury, Zélia Duncan, Stanley Jordan e George Benson e John Pizzarelli.

A cantora Luiza Possi tem um coté mais de MPB mesmo, mas sua voz e sua afinação são dignas herdeiras de uma tradição de enorme respeito, a de Zizi Possi, sua mãe. A maneira como vai tratar os agora “standards” de Raulzito será uma incógnita, mas certamente não é de medo do desconhecido que vivem os fãs de Raul.

Toca Raul. Com a Orquestra Sinfônica Arte Viva, Frejat e Luiza Possi. Domingo, 16h, na parte externa do Auditório Ibirapuera. Grátis.
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