O processo criativo do pintor Cândido Portinari é revelado na mostra em cartaz na Caixa Cultural Fortaleza até 2 de fevereiro. Com cerca de 65 estudos e maquetes, é possível compreender como o artista ficou eternamente marcado por sua crítica social à desigualdade secular no Brasil.
Nascido em Brodowski, no interior de São Paulo, Portinari viveu uma infância pobre, mas não menos ligada à arte. Começou a pintar aos 9 anos e percorreu o mundo com sua arte. Foi o pintor brasileiro de maior reconhecimento internacional, mas morreu precocemente aos 59 anos.
A exposição “Portinari – A construção de uma obra”, na Caixa Cultural Fortaleza, já passou pelas unidades do Recife, de Salvador, Curitiba e do Rio de Janeiro. Foi vista por mais de 50 mil pessoas. Destaque para alguns estudos, entre outros, como o do painel de azulejos São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte (1943), Criança Morta e Menino Morto, da série Retirantes (1944) e os painéis Primeira Missa do Brasil e Guerra e Paz, que criou para a sede da ONU, em Nova York, entre 1952 e 1956.
O legado de Portinari
O escultor Sergio Campos produziu uma série de esculturas produzidas a partir de obras clássicas do artista plástico. Os traços característicos do gênio da pintura, como os músculos retesados, as veias saltadas e a dramaticidade das expressões faciais foram reproduzidas por Campos, que é membro da família de Cândido Portinari. Doze trabalhos do escultor estão presentes na exposição.
Portinari – A construção de uma obra. Na Caixa Cultural Fortaleza, até 2 de fevereiro. Grátis.