Os mundos da imaginação

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A Verdadeira História do Barão, com a Companhia Nau de Ícaros, no Teatro Sesi

A Companhia Nau de Ícaros tem 25 anos, a Circo de Bonecos, 20. Nasceram em um tempo em que os teatros infantil e infanto-juvenil não tinham tanta preocupação com as histórias e até mesmo com a estética. Mas essa realidade já não condiz mais com o público, pais acompanhados dos filhos, que dedica seu tempo para ver um espetáculo. Os grupos preocupados com a formação de novos públicos para as cênicas têm produzido montagens que valorizam algo em falta na vida adulta, a imaginação.
A Verdadeira História do Barão parte do clássico As Aventuras do Barão de Munchausen, escrito pelo alemão Rudolf Erich Raspe (1785), para propor um jogo inusitado de imaginação. O que aconteceria se um grupo de teatro mambembe quisesse montar a história desse personagem que adorava levar vantagem pelos interiores brasileiros? Até que ponto as “aventuras” fantasiosas não seriam realidade, se assim o desejássemos? Mais que um mentiroso, o Barão era um aventureiro, o sonho maior dos pequenos. Divertida e com apuro cênico, a peça sinaliza que não há limites no mundo que ousamos imaginar e criar.
Fragmentos de Quintal, com texto de Claudio Saltini e Teka Queiroz, conta pelo teatro de bonecos e objetos a história de um menino que vivia em uma casa com quintal. Olhe ao redor e veja quantos prédios sem quintais há em sua volta. Como criar peixes que voam nos varais, cuidar de ovos para que os passarinhos nasçam ou brincar de esconde-esconde com galinhas em meio a um mar de concreto e asfalto? Singela, esta não é uma peça para crianças pequenas, mas para pessoas que não desistiram de imaginar.

A Verdadeira História do Barão. Com a Cia Cênica Nau de Ícaros. No Teatro do Sesi, aos sábados e domingos, às 14 horas, até 24 de novembro. Gratuito.
Fragmentos de Quintal. Com a Cia Circo de Bonecos. No Sesc Pinheiros, aos domingos, às 15 e 17 horas, até 20 de outubro. Ingressos a 17 reais.
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