Filme sobre Leonardo, incluído na lista do trabalho escravo, receberá 8 milhões de fundo federal

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Incluído na lista do trabalho escravo, o cantor sertanejo Leonardo teve 8,2 milhões de reais liberados pela Ancine para a realização de um filme biográfico sobre sua carreira. O filme Leandro e Leonardo, da produtora gaúcha Accorde Filmes, tem seu orçamento estimado em 15 milhões de reais, e os 8,2 milhões de reais de fomento público foram liberados pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) no último dia 30 de setembro, por determinação ad referendum do diretor presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Alex Braga. O FSA é um fundo público alimentado por um tributo que se destina a impulsionar o audiovisual brasileiro.

A dupla sertaneja que Leonardo integrou, Leandro e Leonardo, foi uma das de maior destaque da cena da música popular dos anos 1990. Em 23 de junho de 1998, morreu o parceiro do cantor, Leandro, de falência múltipla dos órgãos, após ser diagnosticado com um câncer de pulmão raro conhecido como tumor de Askin. Leonardo prosseguiu em carreira solo de muito êxito, e enriqueceu com a música e os negócios (com empresas como Talismã Music e Talismã Digital) – estima-se que possua um patrimônio de 200 milhões de reais.

Essa semana, ao serem divulgados 176 nomes de empresários e produtores brasileiros que mantiveram pessoas em situação análoga ao trabalho escravo (condições degradantes), surgiu o de Emival Eterno da Costa, o nome real de Leonardo. Em novembro de 2023, uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego resgatou seis pessoas em situação considerada degradante na fazenda Talismã, no município de Jussara, no interior de Goiás, de propriedade do cantor. Leonardo negou que tivesse conhecimento da situação, atribuindo a um serviço terceirizado.

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