Os ensaios abertos de Pedro Miranda, de voz e violão, no Parque da Cidade, marcam nova fase na carreira do artista. Foto: Chrisce de Almeida/ Divulgação
Os ensaios abertos de Pedro Miranda, de voz e violão, no Parque da Cidade, marcam nova fase na carreira do artista. Foto: Chrisce de Almeida/ Divulgação

Pedro Miranda celebra a Mata Atlântica em single que anuncia seu quinto álbum, que será lançado este ano pela Biscoito Fino

"Atlântica Senhora". Single. Capa. Reprodução
“Atlântica Senhora”. Single. Capa. Reprodução

Dia 27 de maio é comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica. O cantor e compositor Pedro Miranda lançou hoje (25) nas plataformas de streaming o single duplo “Atlântica Senhora”, com a faixa-título e a vinheta “Filha de Caboclo”, interpretadas por ele com Cátia do Acarajé, Cristóvão Bastos e o quarteto de cordas Oslo Strings.

Ao longo da pandemia de covid-19, quando permitido e observando as recomendações das autoridades sanitárias, Pedro Miranda começou a fazer apresentações semanais, aos domingos, no Parque da Cidade, no Rio de Janeiro, ou seja, em um pedaço da Mata Atlântica. Ele chamava esses encontros com o público de ensaios abertos, ocasião em que aproveitava para experimentar repertórios. Foi lá que o artista viu a samaúma (ou sumaúma), cuja beleza e imensidão estampam a capa do single, e o pau caboclo – que ele e o público viram mudar de casca duas vezes ao longo da temporada de encontros dominicais –, ambas as árvores presentes na letra de “Atlântica Senhora”.

Tudo se conecta: Pedro Miranda com o público e estes com a natureza. Cátia do Acarajé é um achado: a cantora e compositora foi revelada nos encontros promovidos pelo anfitrião no parque. A artista, que assina “Filha do Caboclo”, armava sua barraca para vender a iguaria baiana que lhe deu nome artístico e, vez por outra, dava uma canja. “Ô dá licença ê, seu boiadeiro/ Ô dá licença que eu quero passar/ Eu sou da mata, eu sou filha de caboclo/ Sou boiadeira, filha de Tupinambá”, começa a faixa de 40 segundos, interpretada por ela com efeitos percussivos de Thiago da Serrinha.

Também foi nas matinês dominicais que nasceu a amizade entre Pedro Miranda e o quarteto de cordas Oslo Strings – Ragnhild Lien (violino), Lise Sørensen Voldsdal (violino), Kaja Fjellberg Pettersen (violoncelo) e Gabriel Vailant (viola) – que participa do single. Em “Atlântica Senhora” (Cristóvão Bastos/ Pedro Miranda), Pedro Miranda (voz e percussão) é acompanhado pelo parceiro (arranjo e piano), Luís Filipe de Lima (violão sete cordas e produção musical), Jorge Helder (baixo), Jurim Moreira (bateria) e o citado quarteto.

“A tristeza se vem/ Cantando eu mando embora/ A festa é pra curar/ Vem meu bem me buscar/ Na beira da cascata/ Que é bom de namorar”, diz trecho da letra, com sutil citação de “Desde Que o Samba é Samba” (Caetano Veloso), captando bem o espírito e a proposta do encontro musical proposto por Miranda, que culmina com o single recém-lançado, venerando a floresta, após um período de absoluta destruição.

O single duplo lançado hoje antecipa o quinto álbum de Pedro Miranda, que será lançado este ano pela gravadora Biscoito Fino, com o repertório trabalhado pelo músico da pandemia para cá, incluindo parcerias com Zé Renato, Domenico Lancellotti, Marcos Sacramento e o poeta Chacal.

“Atlântica Senhora” também ganhou videoclipe, uma espécie de making of, apresentando os descontraídos bastidores de sua gravação.

*

Assista ao videoclipe de “Atlântica Senhora”:

PUBLICIDADE

DEIXE UMA REPOSTA

Por favor, deixe seu comentário
Por favor, entre seu nome