“O homem que virou circo” tem previsão de lançamento para 2023, com produção de Zeca Baleiro e Tuco Marcondes
Marcos Magah e Bárbara Eugênia são cultores da música romântica a que nos acostumamos chamar de brega.
Oriundo da cena punk que ajudou a consolidar em São Luís como membro da banda Amnésia, Magah lançou, em 2013, “Z de vingança”, seu álbum solo de estreia. À época, entrevistei-o (com o sociólogo Igor de Sousa) para o hoje extinto jornal mensal Vias de Fato, e cravamos, na manchete e no texto: “punk-lírico-bregadélico”.
Quase uma década se passou, Magah ganhou o troféu de melhor álbum no também extinto Prêmio Universidade FM em 2015, com “O inventário dos mortos ou zebra circular”, e em 2019 ouviu “Eu chamo de coragem” ser gravada por Zeca Baleiro, seu parceiro na composição, no álbum “O amor no caos – volume 2”.
Bárbara Eugênia foi responsável por certa reabilitação de Diana: ao regravar, em “É o que temos”, disco que lançou em 2013, o sucesso “Porque brigamos” (versão de Rossini Pinto para “I am, I said”, de Neil Diamond), atenções se voltaram à ex-esposa de Odair José – e é aí que as pontas começam a se unir. Magah faz dueto com o goiano em “Estação sem fim”, primeiro single de seu novo álbum, “O homem que virou circo”, com lançamento previsto para 2023.
Nesta sexta-feira (9), chega às plataformas de streaming o single “As coisas mais lindas do mundo”, parceria do poeta Celso Borges com Magah, que a canta em dueto com a carioca, que recentemente homenageou o potiguar Elino Julião (1936-2006), que teria completado 86 anos no último dia 13 de novembro – dele, Bárbara Eugênia regravou “Meu cofrinho de amor”.
Baleiro e Magah se reencontraram durante as gravações do documentário “Ventos que sopram Maranhão”, do cineasta Neto Borges – embora se conhecessem desde os anos 1980, quando Magah vivia a cena punk underground da ilha e Baleiro ainda fazia o circuito noturno dos bares, antes de se aventurar pelo eixo Rio-São Paulo e estrear no mercado fonográfico, os dois nunca haviam trabalhado juntos. Nos bastidores do filme, de que Baleiro é âncora e Magah um dos inúmeros personagens, surgiu a ideia de um disco de inéditas dele, com produção de Baleiro e Tuco Marcondes.
“Os dias se abrem como flores lá fora/ os dias se fecham longe de ti”, diz um trecho da letra da balada folk em que Marcos Magah e Bárbara Eugênia são acompanhados por eles: Tuco Marcondes (violão, guitarra, piano, baixo, programação de bateria e arranjo) e Zeca Baleiro (assovio).
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