Fotografia de Mario Cravo Neto

Mario Cravo Neto (1947-2009) captou registros de representações religiosas e culturais da Bahia de uma forma plástica pouco igualada na fotografia contemporânea, aproximando o espectador não somente de um conceito de fé e antropologia, mas também uma percepção única de humanidade. Seu legado (foi um dos primeiros fotógrafos brasileiros a ser disputado por coleções e instituições internacionais) vai além de uma linguagem, e é essa visão que está sendo duplamente revisitada nos dias que correm.

Neste sábado, 27 de novembro, será aberta no IMS Rio (Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, telefone 21 3284-7400) a exposição Espíritos sem nome, de Mario Cravo Neto. A mostra apresenta um panorama da produção fotográfica do artista, com as principais séries que ele realizou entre os anos 1960 e 1990 (trata-se da itinerância da mostra que esteve em cartaz no IMS São Paulo de maio a setembro deste ano). Serão exibidos cerca de 322 itens, entre fotos, vídeos, desenhos, álbuns, documentos e instalações. A seleção, que inclui algumas das séries mais importantes de Cravo Neto, como “Eternal now”, com imagens em preto e branco feitas em estúdio, e “Laróyè”, com fotos coloridas da vida cotidiana na Bahia urbana, é do curador Luiz Camillo Osorio.

E, desde o último dia 16, o Espaço Itaú Frei Caneca exibe o documentário Cravos, de Marco Del Fiol (diretor também de Espaço Além – Marina Abramovic e o Brasil), que retrata os conflitos entre três gerações da família de artistas do fotógrafo baiano Mario Cravo Neto (1947 – 2009). O percurso acompanha o filho de Cravo Neto, o também fotógrafo Christian Cravo, em três viagens pela África. Ele busca alívio para a dor da morte do pai e força para achar um posicionamento na disputa familiar pelo legado. O filme traz material inédito em foto e vídeo da vida privada dos Cravos e uma das últimas entrevistas do escultor Mario Cravo Junior (1923-2018), pai de Mario Cravo Neto que viveu em Nova York no final da década de 1960.

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