Na foto, Mano Brown, do programa Mano a Mano, ao lado de Lula e Chico Buarque
Lula, Mano Brown e Chico Buarque na inauguração do campo Dr. Sócrates Brasileiro - Foto: Ricardo Stuckert/Agência PT de Notícias

Mano Brown se propôs a fazer um podcast pelo Spotify para entrevistar personagens “amados ou odiados”. No primeiro programa, que estreou em 26 de agosto, entrevistou sua colega rapper Karol Conká, que foi “cancelada” depois de participar do reality show Big Brother Brasil. No segundo, levou Drauzio Varella, talvez odiado apenas por bolsonaristas que o veem como uma espécie de “comunista” por criticar com veemência os negacionistas. Nesta quinta-feira (9), é a vez do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provavelmente o brasileiro que mais encarna o perfil de amados e odiados.

Lula é favorito, segundo as pesquisas, na eleição presidencial de 2022, e uma obsessão para o governo Bolsonaro. Mano Brown não esconde sua afinidade com o ex-presidente, mesmo já tendo se pronunciado criticamente contra o governo do PT em algumas ocasiões. Mas o rapper já disse, em entrevista, que só via solução para o Brasil “se o Lula for presidente“. Nos dois programas até agora exibidos, o líder dos Racionais MC’s faz questão de denunciar o racismo e a discriminação sofrida pelos pobres brasileiros.

“A gente tem que usar o espaço. Toda a filosofia negra, a conscientização negra e a ciência negra é banalizada no Brasil”, declarou quando do lançamento do programa. “Há momentos que é necessário se posicionar, e outros que você deixa a pessoa falar. (…) O Mano Brown não passa a ser neutro porque ele está com uma pessoa que tem a visão contrária a dele, continuo sendo e pensando o que eu penso com tendência a se interessar por outras ideias.”

Mano a Mano já é um dos podcasts mais escutados do Spotify. Ainda estão previstos para participar do programa o pastor evangélico Henrique Vieira, o político negro de direita Fernando Holiday e o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo. Numa conversa franca, o rapper aprofunda com os personagens assuntos não tão explorados midiaticamente.

Com Karol Conká, que precisou abandonar as redes sociais pós-BBB, falou sobre como ela consegue ser uma mãe negra forte, combativa e guerreira, “todas sem marido”, como foram mães, tias e outras tantas mulheres das periferias. Com o médico Drauzio, lembrou das visitas que os dois faziam nos pavilhões do Carandiru, presídio que foi palco do massacre em 2 de outubro de 1992 que resultou na morte de 111 detentos.

Mano a Mano. Podcast do Spotify, grátis.
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