A Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no Rio de Janeiro, foi despejada numa ação que segue o Plano de Privatização do governo federal. Após 20 anos ocupando um espaço no prédio dos Correios, na rua da Alfândega, 5, no centro do Rio de Janeiro, a escola, que abriga o Instituto Brasileiro do Audiovisual, perdeu todos os recursos que buscou na Justiça para impedir sua retirada do espaço, e agora enfrenta um novo e urgente contratempo: tem que realizar a remoção de toda sua estrutura física (móveis, ilhas de edição, equipamentos) até este sábado, 5.
Nenhuma instituição de fomento ou de cultura do País ou do Estado do Rio se ofereceu para ajudar a escola no período do embate jurídico, e agora muito menos. A situação é complicada: até para entrar no prédio a equipe da escola está tendo dificuldades, porque há um novo esquema de controle na entrada.
Os colaboradores e mantenedores da instituição estão divulgando um pedido de ajuda para conseguir levantar recursos necessários à mudança. O documento, assinado por Irene Ferraz, diretora da escola, pode ser lido abaixo.
No dia 20 de agosto, a juíza Geraldine Vital, da 27ª Vara Federal do Rio, decidiu pela reintegração de posse do espaço da escola pelos Correios. Durante duas décadas, a escola tem oferecido cursos de direção, roteiro, montagem, produção e diversos cursos livres para estudantes e profissionais de cinema – é muito procurada por cineastas de comunidades do Rio. Em dezembro de 2018, a escola de Cinema Darcy Ribeiro tinha sido declarada Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Entre seus professores, há notáveis como o cineasta Ruy Guerra, de 87 anos, diretor de filmes como “Eréndira” (1983) e “