Estela funerária de Mekimontu Deir el-Medina, XVIII Dinastia (1550-1295 a.C.) Calcário, pintura, 28,5 x 20 x 4 cm. Peça da exposição Egito Antigo: do cotidiano à eternidade
Estela funerária de Mekimontu Deir el-Medina, XVIII Dinastia (1550-1295 a.C.) Calcário, pintura, 28,5 x 20 x 4 cm © Museo Egizio

A exposição Egito Antigo: do cotidiano à eternidade, no CCBB, traz um dos maiores sucessos de público dos museus brasileiros recentes a São Paulo a partir desta semana

Sucesso absurdo no Rio de Janeiro, vista por mais de um milhão de pessoas naquela cidade, a exposição Egito Antigo: do cotidiano à eternidade chega agora ao CCBB de São Paulo com 140 peças (esculturas, pinturas, amuletos, objetos cotidianos) que esmiúçam uma parte substantiva do legado cultural do antigo Egito, cobrindo três milênios de História.

Didática e interativa, a exposição traz esculturas, amuletos, pinturas, sarcófagos, múmias de animais, uma múmia humana da 25ª dinastia, objetos litúrgicos, esculturas, objetos e um Livro dos Mortos em papiro, além de ostracons (fragmentos de cerâmica ou pedra que contêm mensagens oficiais), uma estátua da famosa Esfinge. Alguns objetos carregam não apenas história, mas também ilustram noções de comportamento, ética, política e moral da cultura egípcia daquela época, um culto renovado em públicos do mundo todo.

Estatueta representando o Ba de Iuefentahat Procedência desconhecida, Período Tardio (664-332 a.C.) Madeira, pintura, a. 17 cm. Peça da exposição Egito Antigo: do cotidiano à eternidade
Estatueta representando o Ba de Iuefentahat Procedência desconhecida, Período Tardio (664-332 a.C.) Madeira, pintura, a. 17 cm

“O principal objetivo é possibilitar a um público muito grande e diverso um entendimento qualificado sobre a cultura egípcia”, disse o curador holandês Pieter Tjabbes (que foi também o curador da exposição de Jean-Michel Basquiat trazida ao Brasil há dois anos). Ele e Paolo Marini são os curadores da mostra do Egito. “Organizamos as obras em diversos recortes, diferentes instâncias, ultrapassando limites temporais e regionais”, completa. Para o público entender melhor em qual contexto os objetos eram usados, haverá uma réplica da tumba de Nefertari e uma pirâmide cenográfica, medindo seis metros de altura.

As peças são organizadas em três seções: vida, religião e eternidade, que ilustram o cotidiano das pessoas do vale do Nilo, revelam características do politeísmo egípcio e abordam suas práticas funerárias. Cada seção apresenta um tipo particular de artefato arqueológico, contextualizado por meio de coloração e iluminação projetadas para provocar efeitos de percepção. Os visitantes poderão participar de atividades lúdicas, como escrever o nome em hieróglifo e tirar fotos com a esfinge e o faraó. 

A exposição também conta com uma seção interativa, com um vídeo 3D de monumentos que permite percorrer lugares no Egito Antigo. Uma réplica de uma escavação e um livro eletrônico mostrarão parte do material registrado pelas equipes de Napoleão (de 1798 a 1801). Além disso, serviço de audiodescrição e objetos táteis serão disponibilizados pela equipe do Programa CCBB Educativo. A mostra tem patrocínio do Banco do Brasil, co-patrocínio da BB DTVM e BB Seguros e apoio do Banco Votorantim. A produção e organização são da Art Unlimited.

Egito Antigo: do cotidiano à eternidade. CCBB São Paulo (Rua Álvares Penteado, 112, São Paulo). Abertura na terça, 18. De quarta a segunda-feira, das 9 às 21 horas. Grátis.
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