Les herbes folles, de Alain Resnais.
Duas horas de punheta no cinema (onanismo tristemente movido a imagens eróticas da Elke Maravilha nos dias de hoje…).
Ai, meus sais…
Filme pretensioso, chato, imbecilizado, prenhe de uma vanguarda moribunda ou caduca.
Dois infelizes, idade avançada, e que nutrem a mesma paixão pelos céus, pelos espaços abertos, se apaixonam.
Santa Mariinha do Clichê Ensimesmado!!!
Tirando uma ou outra cena boa, especialmente a visita dos policiais, é um filme tedioso de matar.
Um filme cheio de boas intenções (“combativo”, Resnais trata como ardida caricatura a vida burguesa, o bom gosto da decoração, das roupas, os hábitos familiares), mas é profundamente vazio de espírito.
Ok, um crítico complacente pode apontar metalinguagem, vigor semiológico, algo do tipo.
Mas não tenho mais paciência para tanta agonia existencial.
E é mal filmado, tem hora que parece novela do Manoel Carlos, com suas dentistas “amigas”, suas trocas de casais, seus pacientes do Leblon (será que também é uma crítica embutida?).
Péssimo cinema de invenção, encharcado de vícios antiquados.
Uma braguilha aberta, um zíper emperrado, para Resnais, vira um manifesto da sexualidade interrompida.
Ai, meus sais…

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Jotabê Medeiros, paraibano de Sumé, é repórter de jornalismo cultural desde 1986 e escritor, autor de Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017), Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019) e Roberto Carlos - Por isso essa voz tamanha (Todavia, 2021)

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