Como a programação completa está no ar, é hora de se programar para fazer o seu próprio evento
A Virada Cultural 2013 será completamente diferente ou apenas a nona edição de um evento já consolidado na agenda cultural paulistana? A resposta, de verdade, virá nos dias 18 e 19 de maio, quando serão realizadas as mais de 900 atrações concentradas em palcos no centro da cidade, mas também irradiadas em unidades do SESC. Cabem aqui algumas questões prévias, para as quais arriscamos alguns palpites:
1) O evento terá uma marca petista? Essa pergunta parece fora de propósito, mas faz sentido já que a Virada Cultural é, sem dúvida, muito ligada ao PSDB. O pai da criança é José Serra. Fernando Haddad e Juca Ferreira não ousaram acabar com o evento, assim como os tucanos não acabariam com o Bolsa-Família. A atual gestão deve fazer de tudo para que os espetáculos e a organização saíam, no mínimo, na mais perfeita ordem.


4) O clima será só de festa? A tendência é essa, mas a curadoria (que é uma novidade em si) dessa edição resolveu comprar duas “brigas” que merecem ser observadas de perto. A primeira é o retorno de Racionais MC’s à Virada Cultural. Em 2007, a Praça da Sé virou um campo de guerra entre os espectadores e a Polícia Militar. Desde então, Mano Brown e cia deixaram de pisar nos palcos do evento. É pouco provável que haja uma reedição dessa pancadaria, não neste palco. E aí surge a outra “briga”, que contamos melhor no próximo tópico.
5) Funk na Virada Cultural? Não tô acreditando… Não se trata de uma palco, mas de uma pista, na qual funkeiros perseguidos pela Polícia de maneira geral vão se apresentar. Os principais nomes do gênero em São Paulo estarão presentes, como Kondzilla (o produtor dos populares vídeos do YouTube), MCs Dedê, Backdi, Bio G3, Nego Blue, Boy do Charme e Menor do Chapa, DJs Pica Pau e Zé Colmeia. O carioca DJ Marlboro encerra a festa que, certamente, estará sob vigilância atenta dos homens fardados.
6) Como a imprensa tratará a primeira virada petista? Aí é loteria pura. Em 2005, a Virada foi retratada como um fiasco. Ocorreu em novembro e choveu na madrugada inteira. No ano seguinte, ela teve um simbolismo muito forte. Já em maio e apesar dos ataques do PCC em 2006, os paulistanos decidiram sair às ruas para celebrar a cultura e a vida. Venceram. Na terceira edição, superlotação, para em 2008 virar uma data consagrada no calendário cultural da cidade. Em 2009 e 2010, desorganização e lixo nas ruas… Há dois anos, “festa mais limpa teve som mais poluído”, dizia a Folha de S.Paulo. Em 2012, o empurra-empurra pela galinhada do chef Alex Atala.
Agora é se organizar para a festa, saber que não vai dar mesmo para ver tudo e por fim fazer um balanço geral. Deu preguiça? Bobear o Google ou outro portal transmitam a festa das ruas e você, em seu computador, poderá também participar dela.




