Morreu na madrugada desta quinta-feira, 24, no Hospital Heliópolis, em São Paulo, aos 87 anos, o cantor e compositor baiano Edivaldo Souza, o Edy Star, primeiro grande astro glam do Brasil, pioneiro em assumir publicamente a homossexualidade no País, andrógino e provocador artista. Ele foi internado com problemas renais para fazer diálise, mas o atendimento veio tarde para Edy.
Edy Star é uma das estrelas do cultuado disco conceitual Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10, de 1971, ao lado de Raul Seixas, Miriam Batucada e Sérgio Sampaio. Os milhares de fãs desse trabalho insólito, original e criativo chamam a si mesmos de “kavernistas” pelo mundo afora. Nascido em 1938 em Juazeiro, Bahia, mudou-se com a família para Salvador com 1 ano de idade. Durante algum tempo, viveu na Espanha.
Edy Star sofreu uma queda em casa há alguns dias e, sozinho, levou mais de um dia para ser socorrido. Quando foi levado para atendimento médico, ficou internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por dias em busca de um lugar no hospital. FAROFAFÁ noticiou a situação de Edy, que após mobilização de amigos e da imprensa, conseguiu atendimento. Mas sua saúde estava comprometida e ele não resistiu.
O corpo de Edy Star será velado nesta sexta-feira, 25, das 10h às 13h, no Cemitério do Araçá (Av. Dr. Arnaldo, 666), para a despedida de fãs e amigos.
”Gosto de ser e de estar”,ele dizia que a música ”Língua” de Caetano Veloso citava o nome dele,rs.