O cantor e compositor Jards Macalé. Foto: Leo Aversa/ Divulgação
O cantor e compositor Jards Macalé. Foto: Leo Aversa/ Divulgação

Nesta sexta-feira (24), às 21h, o cantor e compositor Jards Macalé, aos recém-completados 80 anos, sobe ao palco do Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros, São Paulo/SP), para um show comemorativo dos 50 anos do lançamento de seu disco de estreia, o homônimo “Jards Macalé” (1972). Os ingressos custam entre R$ 15,00 e 50,00.

No álbum, Jards Macalé (voz e violão) é acompanhado por Lanny Gordin (baixo) e Tutty Moreno (bateria). Este estará no palco, junto do guitarrista Guilherme Held, discípulo de Gordin, que tocará o violão acústico de cordas de aço da gravação original, e Fábio Sá (baixo).

Quatro das nove faixas do cultuado álbum de estreia de Jards Macalé são parcerias com o poeta baiano José Carlos Capinan – “Farinha do Desprezo”, que abre o disco, “78 Rotações”, “Movimento dos Barcos” e “Meu Amor Me Agarra e Geme e Treme e Chora e Mata”. A primeira parceria dos dois é “Gotham City” (1969), defendida por Macalé com Os Brazões no IV Festival Internacional da Canção.

A Arte de Não Morrer. Single. Capa. Reprodução
A Arte de Não Morrer. Single. Capa. Reprodução

Na mesma data em que sobe ao palco para celebrar a efeméride de meio século do disco – o que, em verdade, aconteceu ano passado –, Macalé lança o segundo single de “Coração Bifurcado”, seu novo disco que sai em abril – a faixa-título já chegou às plataformas de streaming. Trata-se de “A Arte de Não Morrer”, parceria justamente com Capinan, a quem Jards chama de “meu mais velho novo parceiro”.

“A Arte de Não Morrer” tem a ver com a pandemia de covid-19, tendo sido escrita por Capinan no período mais agudo de isolamento social. “Ela fala das várias formas de manifestação do amor, de exercitar a arte de viver, portanto, da arte de não morrer”, comenta Macalé.

Mas não deixa de ser também, leitura nossa, uma metáfora para se referir ao próprio Macalé, que exala juventude aos 80 anos, se acercando de nomes como Alice Coutinho, Capinan, Clima, Gui Held, Rodrigo Campos, Rômulo Fróes e Ronaldo Bastos, entre velhos e novos parceiros, presentes no disco vindouro.

Em “A Arte de Não Morrer”, Jards Macalé (voz, violão e direção musical) é acompanhado por Guilherme Held (guitarra), Pedro Dantas (baixo), Rodrigo Campos (guitarra), Thomas Harres (bateria), Rui Alvim (clarinete e clarone), Aquiles Moraes (trompete e flugelhorn), Eduardo Santana (trompete e flugelhorn), Oswaldo Lessa (flauta e sax tenor), Everson Moraes (trombone e oficleide), Jonas Horcheman (trombone) e Leandro Dantas (trombone baixo). Os arranjos de sopro são de Antônio Neves e a direção artística de Romulo Fróes.

As pontas se ligam: 50 anos depois, “A Arte de Não Morrer” evoca o clima do disco de estreia, sobretudo no quesito melancolia, mas Macalé não ficou no porto chorando: em vez de lamentar o eterno movimento dos barcos, ele o tripula, movido a inventividade.

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