Domingo passado (8) a capital federal foi palco de uma intentona fascista. Terroristas apoiadores do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos poderes Executivo (o Palácio do Planalto), Legislativo (o Congresso Nacional) e Judiciário (o Supremo Tribunal Federal), deixando um rastro de destruição e escatologia.
Os prédios foram depredados, objetos e documentos foram vandalizados e subtraídos e obras de arte de valor inestimável foram danificadas – a tela “Mulatas”, do modernista Di Cavalcanti (1897-1976) foi rasgada em vários pontos. O governo Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal e o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino nomeou o secretário-executivo da pasta Ricardo Cappelli como interventor. Desde então, cerca de 1.500 pessoas foram detidas e as investigações seguem, em busca de incitadores e financiadores da tentativa de golpe.
Mas nem só de notícias ruins vive o Brasil: duas telas do pintor, escultor e escritor pernambucano Celestino Gomes (1931-2004), expostas no Aeroporto Internacional de Petrolina (PNZ), acabam de ganhar iluminação especial, pela CCR Aeroportos, que administra o terminal. Foram instaladas luzes de led na cor âmbar para exaltar a beleza das obras do artista, alcunhado “Van Gogh do sertão”.
As telas do acervo do aeroporto foram pintadas em 1979 e representam a vida sertaneja da época, tema da predileção de Celestino Gomes, com a presença de aeronaves – em uma vemos o que parece ser uma recepção oficial a um piloto recém-pousado, com direito a honras de uma banda de música. O artista pintou festas populares, mulheres, paisagens e mo(nu)mentos da vida no sertão nordestino. As obras podem ser vistas por quem passa pelo aeroporto em sua sala de desembarque e saguão.
“Temos orgulho em manter vivo o patrimônio cultural desse artista tão reconhecido, importante não apenas para Petrolina, mas para todo o Brasil”, afirma Jamerson Vasconcelos, gerente da CCR Aeroportos.