O poeta, romancista, ensaísta e integrante da Academia Brasileira de Letras, Marco Lucchesi, é o novo presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) do novo Ministério da Cultura do governo federal. Lucchesi sucede ao monarquista Luiz Carlos Ramiro Júnior, exonerado neste domingo, de quem recusou receber, em julho do ano passado, a Ordem do Mérito do Livro por discordar da decisão de Ramiro de premiar extremistas bolsonaristas como o deputado Daniel Silveira, do PL, alheios à cultura (e inimigos declarados dela).
O nome de Lucchesi, que foi presidente da Academia Brasileira de Letras entre 2018 e 2021, foi anunciado nesta tarde de segunda-feira, 2, em Brasília, pela ministra da Cultura, Margareth Menezes. “Frequento aquela casa, que amo, desde a adolescência. Respeito seus funcionários. Trabalharemos em conjunto”, afirmou o novo presidente da FBN.
Além de Lucchesi, estão confirmados os nomes de Joelma Gonzaga, na Secretaria do Audiovisual, nome antecipado aqui pelo FAROFAFÁ; Maria Marighella, vereadora em Salvador, na presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte): João Jorge Rodrigues, do Olodum, na Fundação Cultural Palmares; o arquiteto Zulu Araújo (atualmente na Fundação Pedro Calmon) como titular da Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural; Henilton Menezes, na Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural; Marcos Souza, na Secretaria de Direitos Autorais e Intelectuais. Tanto Henilton Menezes quanto Marcos Souza já integraram as gestões de Gilberto Gil e Juca Ferreira no passado, nas mesmas funções.
O secretário executivo, o número dois da Cultura, é o historiador gaúcho Marcio Tavares, primeiro nome a ser anunciado. Na novíssima Secretaria dos Comitês de Cultura, estará Roberta Martins, que trabalhou na prefeitura de Niterói, Rio. E, na Secretaria de Formação, Livro e Leitura, Fabiano Piúba, que era secretário de Cultura do governo do Ceará e presidiu o Fórum Nacional dos Secretários de Estado da Cultura.
Faltaram ser anunciados os nomes dos presidentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Instituto Brasileiro e Museus (Ibram) e Fundação Casa de Rui Barbosa. No Iphan, deverá ser confirmado o nome do arquiteto baiano Nivaldo Andrade (correm por fora a museóloga Célia Corsino e os professores e arquitetos Andrey Rosenthal Schlee, da UnB, e Leonardo Barci Castriota, da UFMG). No Ibram, estão no páreo Mário Chagas, Renata Motta e José Nascimento.
“É uma grande responsabilidade ser a primeira mulher nordestina a ocupar essa presidência”, disse a baiana Maria Marighella, neta de Carlos Marighella (1911-1969), sobre o novo cargo na Funarte. Maria considera ter a “tarefa irrefutável de retomarmos a política nacional das artes interrompida pelo golpe de 2012 e conectarmos essas políticas ao Brasil do futuro”.
Meus cumprimentos ao literata Dr. Marcos Luchese, pelo mérito.