"Entre os muros da escola" em cartaz na Supo Mungam - Foto Divulgação

Muitos cinéfilos são devedores da Supo Mungam Films, distribuidora de produções independentes criada em 2014 por Gracie P e Pedro H. Leite. É por meio dela que produções internacionais fora do circuito comercial chegaram ao Brasil em salas alternativas de cinema. Com a pandemia do novo coronavírus, a empresa foi mais uma a lançar uma plataforma de streaming, a supomungamplus.com.br. O serviço de curadoria, com tira-gosto de sete dias grátis, tem assinaturas de 23,90 reais (mensal) a 199,90 (anual). A palavra Supo Mungam, em ordem invertida, vem de opus magnum (em latim), que é “obra-prima”. Aqui, uma seleção que vale a pena ver ou rever:

Entre os Muros da Escola. De Laurent Cantet. França, 2008, 128 min.

Primeiro filme francês a vencer a Palma de Ouro do Festival de Cannes desde 1987, assemelha-se a um documentário que mostra a tensa relação entre o professor François Marin (François Bégaudeau) e seus alunos numa escola multirracial de ensino médio. A maioria dos estudantes são briguentos, mal educados e desafiam o mestre, como na vida real.

O Conto das Três Irmãs. De Emin Alper. Turquia, 2019, 108 min.

Numa pequena vila turca de Anatólia, as irmãs Reyan (Cemre Ebuzziya), Nurhan (Ece Yüksel) e Havva (Helin Kandemir) foram, uma a uma, entregues pelo pai para servirem como “beslemes” (babás e filhas adotivas) para outras famílias ricas. Mas elas não conseguem se adaptar e são mandadas de volta, tendo de enfrentar a reprovação do pai.

Filhos da Guerra. De Agnieszka Holland. Alemanha, França, Polônia, 1990, 112 min.

Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, o filme conta a história real de um menino judeu separado dos seus pais nos primeiros dias da Segunda Guerra Mundial, que, para sobreviver, finge ser um órfão alemão. Visto como herói, ele se torna membro da Juventude Hitlerista.

 

Em Busca da Vida. De Zhangke Jia. China, 2006, 111 min.

Um pobre mineiro e uma enfermeira chegam à cidade chinesa de Fengjie, onde é construída a gigantesca barragem das Três Gargantas, em busca de suas famílias desaparecidas. Enquanto tentam procurar vestígios de um passado, o presente em profunda transformação ameaça soterrar seus sonhos.

 

O Funeral das Rosas. De Toshio Matsumoto. Japão, 1969, 105 min.

Releitura de Édipo Rei, de Sófocles, é considerado uma obra-prima da nouvelle vague japonesa. Nos anos 1960, a transgênero Eddie (Pîtâ), abandonada pelo pai e tendo um relacionamento difícil com a mãe, chega ao bar Genet, frequentado pelo público gay de Tóquio. O dono do bar, Gonda (Yoshio Tsuchiya), se envolve com Eddie, provocando a ira da companheira Leda (Osamu Ogasawara). 

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