“Nós não veio de branco à toa, certo?”, diz o rapper Emicida, vestido de branco da cabeça aos pés, a exemplo dos integrantes da banda e dos convidados especialíssimos de seu show na Virada Cultural, o mito da bossa nova João Donato e o mito do samba Martinho da Vila. “Nós veio de branco por causa de um tempo em que uma menina de 11 anos toma uma pedrada por ser do candomblé. Nós veio de branco por vagabundo que tá querendo cuidar dos jovem e fala mais de cadeia que de escola, tá ligado?

Emicida, punho cerrado, cabelo ficando black power e discurso de gente grande (foto William Oliveira/coletivo MIRA)
Emicida, punho esquerdo cerrado, cabelo ficando black power e discurso de gente grande (foto William Oliveira/coletivo MIRA)

Era apenas o começo de um fortíssimo discurso cidadão que, sem jamais citar nomes, respingou em políticos profissionais como o presidente peemedebista da Câmara Federal, Eduardo Cunha, e os governadores peessedebistas dos estados de São Paulo, Geraldo Alckmin, e Paraná, Beto Richa. O protesto-provocação prosseguiu, estruturado em rimas e na linguagem-poema original, de identidade, do artista paulistano:

“E aí vira o quê? Os com-diploma versus os consciência. A Fundação é tudo, menos Casa, prum interno. É mó boi odiar o diabo, eu quero ver cê se ver lá no inferno. Não existe amor em SP? Existe pra caralho. Cês acham que as Mães de Maio chora por quê? Tendo que sobreviver ao pai que abusa, ao ferro sob a blusa, às farda que mata nós e nunca fica reclusa, ao Estado que te usa, ao padrão de beleza musa e aos otário que inda quer vim me falar de racismo ao contrário. Tempo doido, tempo doido, a espinha gela, onde as mulher é estuprada e no final a culpa ainda é delas. O problema é seu e da sua dor. Às vez eu me sinto inútil aqui, que eu não valho nada, igual o governo tem tratado os professor. Mas presses bunda mole aí que acha que nós tá dormindo, um aviso: não é porque nós tá sonhando que nós tá dormindo, viu?”.

O público de Emicida canta numa só voz na praça Júlio Prestes (foto Christian Braga/Mídia Ninja)
O público de Emicida canta numa só voz na praça Júlio Prestes (foto Christian Braga/Mídia Ninja)

Ao discurso, seguiu-se o (quase) puro candomblé do rap libertário “Ubuntu Fristaili” (2013), de refrão que todo o público do Palco Júlio Prestes repetiu a plenos pulmões: “Axé pra quem é de axé/ pra chegar bem vilão/ independente da sua fé/ música é nossa religião”.

Manifestantes perguntam na plateia do Palco Júlio Prestes: "77% dos jovens que morrem no Brasil, por armas de fogo, são negros! Isso te importa?" (foto William Oliveira/MIRA)
Manifestantes perguntam na plateia do Palco Júlio Prestes: “77% dos jovens que morrem no Brasil, por armas de fogo, são negros! Isso te importa?” (foto William Oliveira/MIRA)

Se o desagravo não barra a barbárie das propostas ultracapitalistas de redução da maioridade penal e nem a dor da menina apedrejada por ser afro-brasileira, ainda assim o recado foi emitido para milhões de brasileiros, ao vivo e via internet – e para a mãe de EmicidaJacira Roque de Oliveira, que dançava toda majestosa em trajes afro-brasileiros, no asfalto em frente ao palco alto do filho.

Mas por que nem Emicida, o mais audaz e arrojado de nossos artistas atuais em termos de discurso, costuma dar nomes aos bois em suas falas mais políticas?

E por que, no extremo do comportamento de manada medíocre da MPB (que agoniza, mas não morre), o silêncio sepulcral é a regra quase intransponível? Por que nove vírgula nove de cada dez estrelas que colhem dinheiro público para cantar “de graça” na Virada Cultural se calam solenemente em frente a microfones públicos poderiam versar sobre política, direitos humanos, justiça & injustiças, desejos, sonhos, reivindicações, pedidos, declarações de amor?

Em entrevista recente que irá ao ar nos próximos dias no FAROFAFÁ, a compositora, cantora e deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP) comentou o caso de uma importante cantora popular brasileira, que por questões contratuais não pode falar de política em entrevista gravada para a rede Jornalistas Livres: “Os artistas independentes estão tranquilos. Eles não estão a fim de seguir essas regras. A primeira coisa que (os contratantes) fazem é fazer você botar roupa da marca tal. se vestir de tal maneira, mudar seu cabelo, ter uma banda com tais e tais músicos, ter backing vocal. Isso é um negócio maluco”.

DSC_2197É um negócio maluco, como diz a nobre Leci, mas é sob essa cama que o discurso de Emicida estronda em meio a um enorme vazio conceitual. Artistas de forte pendor direitista e reacionário, como os roqueiros oitentistas Lobão Roger Moreira do Ultraje a Rigor, recebem farta repercussão na mídia tradicional (apenas) quando vociferam contra governos progressistas ou se integram marchas direitistas. Os demais variam entre o desinteresse completo por parte dos repórteres, a mudez e o cerco armado por assessorias ferozes de (não) comunicação.

Às 10h do domingo, Erasmo Carlos se dirige ao palco na av. São João (foto Pedro Alexandre Sanches)
Às 10h do domingo, Erasmo Carlos se dirige ao palco dos 50 anos de jovem guarda, na av. São João (foto Pedro Alexandre Sanches)

Como exemplo desse último padrão, ao final do show do grande Erasmo Carlos, tento me aproximar dele a pedido do colega Fernando Sato, para tomar um depoimento sobre maioridade penal. Alguém da assessoria me adverte de que se eu tentar serei imediatamente interrompido. Outro, quando mesmo assim chego perto do artista, me ameaça com expressão terrível nos olhos caso eu ouse descumprir as regras que ELES estipularam. Resultado: só consigo ouvir, da boca de Erasmo em pessoa, um breve “leio sempre o que você escreve no Twitter” (e não é que, sim, artistas leem Twitter?!). Talvez eu acredite que meu ídolo é essencialmente bom e seus assessores, maus pela própria natureza hipercapitalista – mas só se eu eu acreditar no maniqueísmo dos contos de fadas e dos filmes de Quentin Tarantino.

Num panorama global (não uso por acaso a palavra “global”), o que a valorosa exceção Emicida confirma é a regra de que “liberdade de expressão”, “liberdade de imprensa”,  “liberdade de opinião”, “liberdade artística” & outras ~liberdades~ são bandeiras falsas sempre desfraldadas como pega-trouxas pelas indústrias da informação, da cultura e do entretenimento.

Em geral, quem brada por “liberdade de expressão” em situações de aperto são os mesmos ~agentes culturais~ (e políticos) redatores ocultos das ~cláusulas de contrato~ que proíbem artistas, professoras, manifestantes, cidadãs, jornalistas e transformadoras sociais de se pronunciar em termos políticos, cidadãos, humanitários, poéticos. Nesses nichos, ainda somos a ditadura civil-militar de 1964.

Em tempo: O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui (2013), o mais recente álbum de Emicida, foi lançado independentemente pelo Laboratório Fantasma, selo (e loja) de que ele é dono e presidente.

 

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40 COMENTÁRIOS

  1. “Nós não veio?” Esse rapaz não aprendeu conjugação de verbos? É essa a juventude que quer mudar o país? Se eles forem em política como são em gramática, nós estamos feitos! Ou NÓIS TÁ FEITO?

    Constrangedor.

      • Além da fala do companheiro, o Emicida conta / improvisa com permissão da licença poética da língua. Ademais, seu discurso é extremamente conservador e Política (Polis grega) se faz para todos e não apenas letrados / “doutores”.

      • “Abaixo os puristas
        Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
        Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
        Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis”

    • Só gostaria de saber do que adianta falar de forma correta pela gramática quando a intenção do discurso é só abaixar a cabeça e deixar com que injustiças permaneçam acontecendo. Prefiro quem fale ‘nóis veio’, ‘nóis tá’, ‘nóis é’ e escancare a verdade que a maioria pensa e tá cansado de aguentar do que quem fala como se tivesse o dicionário decorado, abaixando a cabeça pra todas as coisas ruins que ocorrem e vive como se fizesse parte apenas de um gado.

    • Como disse o Pedro Sanches “eles sabem muito bem o que estão falando” e para quem estão falando.
      Além disso, ele está usando licença poética, mesmo dentro de um discurso.
      Assim como Adoniram Barbosa e seu “Nóis viemo”, Emicida se aproveita da linguagem como forma de inserção social e ela é totalmente relevante neste contexto.

    • Sério que tu leu a matéria toda ou tu parou no “Nós não veio”? O cara está falando em um show, não fazendo um discurso em uma Universidade… -.-‘

      Gente que fala “Nós não veio” pode falar coisa muito melhor do que engomadinho que domina “concordância verbal”!!!!

    • Cristiano Pop. Chama-se isso de licença poética. O artista fala para quem fala esta língua em primeiro lugar. Uma língua popular e que existe no dia-a-dia dessas pessoas. Ele não fala para os imortais da academia brasileira de letras. Seu linguajar está corretíssimo, representando uma população que tem escolaridade das ruas e não dos internatos particulares. As palavras que um artista usa demonstram proximidade com a realidade que está sendo expressa. Na arte, todo tipo de gramática é válida.

      • Sem contar que é o cúmulo do autoritarismo querer exigir que um músico popular se comporte como acadêmico da ABL pra poder cantar rap, né, Rafael?… Eu fico especialmente bestificado com o autoritarismo incorporado mesmo por quem sofre o dia inteiro nas garras do autoritarismo…

      • Essa é a operação do status quo, Gabriela: criticar a gramática para se desviar de enfrentar o discurso. A gente vê o tempo todo, em todos os meios, em todas as classes sociais – nas classes mais altas, por sinal, é de sentar na margem do rio e chorar, já que supostamente se acham os condutores intelectuais do rebanho…

  2. Quer dizer então que nem o discurso do artista nos conscientiza ou nos mobiliza?

    Todo artista brasileiro que eu conheço que possui opiniões reflexivas, tem palavras maiores que a própria pessoa. Esses showman’s sabem mais do que são. Criticam o poder opressor e corrupto do capital, mas aproveitam as oportunidades para sufar na onda dos inescrupulosos promotores de eventos.

  3. Absolutamente inacreditavel. De toda a fertilidade que floreceu durante os anos oitenta temos que ouvir apenas a mediocridade de um Lobao e Roger. Porque somente isso a nossa imprensa desonesta nos mostra. Porem, para aqueles que venderam as suas almas, e para os mudos sem consciencia, por mais que voces tenham a suas vidas compartimentadas, servir a dois, ou mais senhores, se contitui tarefa impossivel. O Jo Soares que o Diga.

    • Sem contar que ainda não me convenci nem um pouco de que a nova fase do Jô Soares não é mero oportunismo de quem tá ameaçado de ser chutado pela Globo, Enio…

  4. O maior problema é quantidade de jovens que seguem as idéias desses tais defensores da “educação vs prisão” que incentivam a luta dos “com-diploma versus os consciência”. Tenho pena desses jovens que que escutam gente que militam em prol de sua própria destruição, os arrastando para a ignorância e o crime. Eu sou da periferia e sei quantos jovens abandonam o estudo e valores morais, para seguir as idéias falaciosas revolucionárias desses ”artistas” e suas ideias românticas quanto ao crime e a pobreza, e que adoram dizer que todos os que discordam de suas idéias, são racistas e preconceituosos como verdadeiros donos da verdade absoluta.

  5. Pedro,
    o seu texto está excelente
    tenho acompanhado suas postagens que conciliam critica musical com observações politicas e analises sociológicas bastante pertinentes
    O Brasil está muito confuso e muita gente manifestando preconceitos e extremismos que aparentemente estavam parcialmente adormecidos.A intolerância é mais uma faceta desse radicalismo e neoconsevadorismo que emergiu nos ultimos anos principalmente apos a segunda eleição do Lula . Muitos dos artistas ditos avançados no fundo eram apenas revoltados de boutique. Nem sempre é fácil se manifestar e dar nomes aos bois. Acho que a fala do emicida já é suficiente .parabéns pelo seu trabalho. siga firme

  6. Que coisa, não? Sempre aparecem uns comentários complicados…No seu discurso profundamente tocante, o Emicida é capaz de produzir essa pérola, pra ficar apenas num pequeno trecho: “tendo que sobreviver ao pai que abusa, ao ferro sob a blusa, às farda que mata nós e nunca fica reclusa, ao Estado que te usa, ao padrão de beleza musa…”
    Mas, na busca desesperada pra desqualificar os outros, especialmente quando a verdade é “cuspida” na cara e incomoda, vale qualquer coisa, até achar pêlo (será que cometo algum “crime gramatical” ao usar o acento diferencial?) em ovo. E foi justamente isso que fez o tal Cristiano (anti)Pop(ular), ao encrencar com algo tão banal como uma fala coloquial e corriqueira como “nós não veio”. Para o comentarista, é o fim dos tempos! E esse Cristiano Pop, totalmente fora de contexto e com adaptações que não têm nada a ver (ou “haver”? …rsrs), ainda tenta demonstrar a sua suposta “cultura superior” ao parafrasear, com adaptações, aquela famosíssima frase do Caetano num festival (“se vocês forem em política como são em Estética, estamos feitos…”). É sabido que o mano Caetano prima bem bom uso da língua (especialmente a portuguesa!), e bem recentemente teve um chilique por causa de uma mera crase. Mas, aposto que ele não mudaria nada, pelo contrário, aplaudiria entusiasticamente o discurso do Emicida. Na verdade, o que realmente é “constrangedor” é apelar descaradamente para esse tipo de crítica elitista e simplista! Vixi, basta, saiu grande demais!

    • Concordo contigo, Gramático Dramático (hahaha), temos de conviver cotidianamente com a prevalência da cultura do ódio – xingar antes de parar pra pensar parece que acalma, mas só deixa xingados e xingadores patinando na solidão.

      <3

  7. De novo a ingenuidade seletiva de esquerdista. Meu caro, o motivo pelo qual os artistas não se posicionam sobre assuntos políticos é que, neste país, todos eles são dependentes de verba pública. Portanto, é melhor calar a boca sobre o assunto, pois não se sabe qual político, de qual lado do espectro, vai estar no poder amanhã. O que garantiria a liberdade para os artistas falarem o que quiserem? Talvez se nós fôssemos uma sociedade “ultracapitalista”, onde os artistas se sustentassem com o dinheiro que obtivessem no mercado livre, ficando dessa forma independentes do estado.

    • #ProcureSaber sobre os contratos de silêncio, John… Seriam um prato cheio pra mostrar o que é ditadura praqueles que pedem ~intervenção militar constitucional~.

      No mais, um comentário, por falar em ~ingenuidade seletiva~: esse reducionismo ainda em voga, de dizer “neste país” blábláblá, blábláblá, blablabla, é tão tristonho.

  8. Sem nomes…
    Deve ser porque o “dizcursso” era mesmo para arrancar gritos e aplausos ali na hora e sem nenhum preocupação maior que parecer “não alienado”, tipo assim parte do “chow”…
    Nada sério.

      • Joshua Black Rock Combina nome e local de morada atual ( estrangeirando tudo é claro…) e é um nome tão bom quanto muitos outros que aparecem aqui e que não querem aparecer.
        Quanto a “seriedade” do comentário – bela ironia aliás – está à altura do “dezcurço” do moçoilo motivador da matéria.
        Mas ” Acuma”??? Cumé qui pódis!!!

    • Sim, Carlos, o Brasil é um país de mentira – principalmente pra quem é brasileiro e finge que não é, como se estivesse vendo o Brasil de fora.

  9. Todo discurso muito bem colocado e posicionado, realmente outros artistas poderiam estar se postando de maneira semelhante. Mas, como a própria matéria chama atenção, quem tem mais espaço nas mídias hoje são os artistas bons de discurso, seja de esquerda ou direita.A música mesmo já era. E lembro que Cartola, Nelson Cavaquinho, etc, etc somavam com música e poesia. Respeitar a condição humana em toda sua diversidade é uma coisa, mas glorificar o gueto é aceitar também o sistema que cria. E, infelizmente, vemos muitas vezes, em nome desse “respeito” a opressão se perpetuando de dentro pra fora.

  10. O momento em que o discurso começa a soar tosco é quando se alia a maioridade penal ao capitalismo.
    Querer que uma pessoa, seja ela quem for, pague pelo crime que comete não é ser capitalista. É ser justo.

    • #ProcureSaber, Daniel, sobre privatização dos presídios aos moldes ultracapitalistas estadunidenses – as Minas Gerais tucanas já fizeram.

  11. Esse trecho: “Num panorama global (não uso por acaso a palavra “global”), o que a valorosa exceção Emicida confirma é a regra de que “liberdade de expressão”, “liberdade de imprensa”, ”liberdade de opinião”, “liberdade artística” & outras ~liberdades~ são bandeiras falsas sempre desfraldadas como pega-trouxas pelas indústrias da informação, da cultura e do entretenimento.

    Em geral, quem brada por “liberdade de expressão” em situações de aperto são os mesmos ~agentes culturais~ (e políticos) redatores ocultos das ~cláusulas de contrato~ que proíbem artistas, professoras, manifestantes, cidadãs, jornalistas e transformadoras sociais de se pronunciar em termos políticos, cidadãos, humanitários, poéticos. Nesses nichos, ainda somos a ditadura civil-militar de 1964.”

    Isso diz tudo, por isso sempre sou a favor de uma arte engajada, seja em que engajamento for, até político e social, como é esse caso, e como é o caso que tentei fazer no lançamento e exposição das minhas fotografias contra homofobia.

    O artista tem um papel forte na sociedade, há seguidores e seguidores, querendo ou não, eles influenciam não só com suas obras, mas com suas opiniões. Se queremos ver um mundo melhor, sem preconceito, sem vidas morrendo… O artista tem um grande papel. De certo que o mundo não é de responsabilidade só dos artistas, é claro, mas não nos esquecemos de suas forças na sociedade. É só nos lembrarmos de um fenômeno conhecido no mundo da literatura: o Copycat Effect.

    Não é à toa que escrevi o texto no site Homo Literatus “A Arte engajada e os escritores egoístas do nosso tempo”, acessem: http://homoliteratus.com/faixa-de-gaza-e-os-escritores-individualistas-nosso-tempo/ Não que a arte tenha que falar só de política; obviamente que não, mas ela não deve se calar também perante as mazelas sociais, pois é preciso tentar preencher essa lacuna, que a matéria desta revista denuncia: o silêncio dos artistas.

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