Ando correndo feito um louco, como vira-latas tentando morder a roda do pneu do fusca que passa indiferente.
“Os escritos de um blog”, afirmou Saramago numa de suas últimas entrevistas, “são filhos da casualidade, do humor, dos apetites.”
Deve ser por isso que, na maior parte das vezes, não me afasto da função jornalística por aqui – talvez porque tenha medo da invisibilidade que vem com a casualidade.
Acabo esquecendo de dar os recados mais simples, de responder aos amigos mais próximos, da gentileza e do cavalheirismo que aprecio nos velhinhos de suéter branco do Leblon, da Boca Maldita, da pracinha de Extremoz. Vou tentar fazer isso agora:
1. Agradeço de coração ao pessoal de Altônia (PR), que republicou texto meu sobre São Jorge do Patrocínio;
2. Peço desculpas ao Lorenzo Falcão, amigo poeta de Cuiabá, que veio a São Paulo para lançar a terceira edição do livro Deus de Caim (“O primeiro do Ricardo Dicke, nosso grande escritor mato-grossense, que foi pro andar de cima há mais de dois anos”) e me convidou para ir na quarta na Casa das Rosas, e eu não pude. E nem avisei. Lorenzo, deus te abençoe!
3. Não posso esquecer de mandar um beijo para a Beth Nespoli, que recentemente largou esse ofício “frenético e sem sentido” para se dedicar ao estudo do teatro, ao aprofundamento das coisas. Ainda rola aquele chope?
4. Um outro pedido de desculpas, agora autofágico, destinado ao próprio escriba: como é que você foi perder o Fausto Fawcett no Comitê, sua anta? Quando terá uma segunda chance?
5. Um beijo a todos os sobrinhos, irmãos e agregados. Nos vemos no casamento da Talita, em novembro.
6. Levar gibis novos para o Jack lá na Santa Casa.
7. E caio fora, porque se esqueci algo foi culpa dos neurônios queimados.
Beijos, e até segunda!