wolverine tem um certo sabor de western spaghetti, aquela fleuma de sete homens e um destino.
lembra muito as velhas matinês nas quais um grupo de mercenários viajava a pequenas vilas mexicanas em busca de alguma recompensa.
velhos e inocentes morrem nas mãos de wolverine como nos faroestes estrelados por terence hill. daí ele sai em busca de sangue.
mas o roteirista força a mão: transforma wolverine e dentes-de-sabres em meio irmãos. nunca ouvi falar nisso.
faz de logan e seu irmão dois imortais como o highlander. não me consta que o wolverine seja imortal e que teria vivido também no século 19.
a amada do wolverine, nos quadrinhos, era a trágica japonesa mariko, filha de um shogun. agora, é kayla, que vem do nada, e é mutante também, cujo nome é silver fox.
o ultravilão mutante do filme parece ter sido tirado das páginas de hellraiser. não precisava tanto.
a introdução do filme é bem bacana, embora contenha uma imprecisão histórica, segundo mostra o imdb (diz um cartaz: canada, 1845; mas o canadá só virou nação em 1867).

o filme estréia aqui amanhã. não é melhor que o primeiro x-men, nem que o segundo. mas é uma matinê cascateira legal.
acabo de ler uma manchete muito divertida hoje em uma agência de notícias: “WOLVERINE É AFETADO PELA GRIPE SUÍNA”.
calma, garotas, não foi o hugh jackman que foi contaminado: é que a estréia no méxico teve de ser postergada por causa da gripe suína que deixou o país assustado.

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Jotabê Medeiros, paraibano de Sumé, é repórter de jornalismo cultural desde 1986 e escritor, autor de Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017), Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019) e Roberto Carlos - Por isso essa voz tamanha (Todavia, 2021)

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