Devendra Banhart, utópico e distópico

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O americano-venezuelano Devendra Banhart. Foto: Dana Trippe/ Divulgação
O americano-venezuelano Devendra Banhart. Foto: Dana Trippe/ Divulgação

Estreou hoje, em seu canal no youtube, o novo videoclipe de Devendra Banhart, “Sirens” (Cate Le Bon/ Devendra Banhart), que antecipa o próximo álbum do artista, “Flying Wig” – a outra faixa do single duplo que aterrissou hoje nas plataformas de streaming é “Twin” (Cate Le Bon/ Devendra Banhart/ Nicole Lawrence).

Sobre o clipe, Banhart comenta, no material de divulgação distribuído aos meios de comunicação: “queríamos fazer um minifilme de ficção científica que fosse igualmente distópico e utópico. O que criamos foi um mundo onde apenas artistas são permitidos para concorrer a qualquer cargo de governo, a presidência é sempre dividida entre duas pessoas. No nosso mundo venceram duas lendas, Tim Heidecker [comediante, escritor, diretor, ator e músico americano] e Mitra Jouhari [comediante, atriz e escritora iraniana-americana], e nesse mundo todo mundo é massagista e massagens são obrigatórias (interpretado por mim e pelo incrível Dorian Wood [cantor, compositor, performer, artista visual e escritor americano]), e o choro é obrigatório e imposto por lei”. O audiovisual bem traduz o freak folk de Banhart, como já se referiu a seu som o colega de FAROFAFÁ Jotabê Medeiros.

Uma espécie de sorteio distribuirá 300 polaroids exclusivas das “aventuras da peruca voadora” (em tradução livre), fotografadas e assinadas por Devendra Banhart, aos fãs que adquirirem “Flying Wig” em LP ou CD.

Segundo Banhart, “Sirens” “é sobre a perplexidade que antecede a saudade”, “é como o alívio misturado com o medo que vem finalmente encontrando o alvo”, diz. E completa: “ainda não atingimos – mas sabemos para onde mirar”.

Sobre “Flying Wig”, ele antecipa ainda: “outro tema que parece prevalecer ao longo do álbum são os obstáculos em antídotos. Quero dizer, que chatice, certo? “Apenas a violência vai me segurar firme” [versos de “Sirens”], mas se não há como nos livrar, então nossa única opção sã é aprender a dançar com ela. Tudo isso é lírico… musicalmente, queríamos que parecesse dançar sozinho, chorar no meio da multidão e, de alguma forma, até mesmo relaxar naquela melancolia, o lado sensual da tristeza, o lado triste da alegria”, revela.

O single duplo foi produzido pela parceira Cate Le Bon e sai pela gravadora Mexican Summer, que tem em seu cast o brasileiro Sessa. O videoclipe tem direção de Joseph Wasilewski, produção de Garrett Boling, Christian Stavros e McKenzie Rice e conta com Tim Heidecker, Mitra Jouhari e Dorian Wood no elenco.

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Assista “Sirens”:

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Ouça o single duplo:

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