Com Porciuncula, Bolsonaro ativa “cabide” para candidatos derrotados

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André Porciuncula, negacionista messiânico que foi Secretário Especial de Cultura agora é processado por deserção da PM

Candidato derrotado a deputado federal pelo PL da Bahia, o ex-PM e ex-Secretário Nacional de Fomento à Cultura, negacionista André Porciuncula, foi nomeado nesta manhã de quarta-feira Secretário Adjunto da Secretaria Especial de Cultura do governo de Jair Bolsonaro. Foi exonerado o servidor que estava na função, Thiago Moreira dos Santos. O governo ainda pretende recontratar outros integrantes do núcleo negacionista da antiga gestão de Mario Frias, como Sergio Camargo, ex-Fundação Palmares, também derrotado, e demais desempregados da eleição.

Fora do aparato do Estado, nenhum desses ativistas da extrema direita tem qualquer atividade funcional. Sua nomeação, caso Bolsonaro perca a eleição, vai durar só dois meses e tem a função apenas de aprofundar a crise na área cultural, que foi inaugurada no dia 1º de janeiro de 2019 e só piora. Porciuncula gastou R$ 800 mil do PL para tentar se eleger.

Porciuncula, assim como outros do cabide da cultura federal, foram indicados pelo vereador soreropolitano Alexandre Aleluia (que é sócio de Porciuncula na empresa Alpen Segurança Patrimonial), um extremista furibundo do bolsonarismo baiano. O advogado Lucas Jordão Cunha, por exemplo, atual Secretário de Fomento, defendeu o então vereador Aleluia em inúmeros processos judiciais. Aleluia é amigo de um dos filhos do presidente, Eduardo Bolsonaro. Em 2017, quando era capitão da PM, Porciuncula foi condecorado (por proposição de Aleluia) com uma medalha na Câmara de Vereadores de Salvador.

 

 

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