Morreu no sábado, 18, em Fortaleza, aos 68 anos, Lília Belchior Gomes de Matos, irmã do cantor Belchior. Ela teve um aneurisma, foi operada, mas não resistiu ao procedimento e entrou em coma. Lília foi sepultada no domingo, 19, no Cemitério Jardim Metropolitano.
Assim como o irmão famoso, Lília também nasceu em Sobral, no Ceará, na mesma casa da Rua Santo Antônio, 858, tornando-se a terceira mulher entre os 11 filhos de Dolores Gomes Fontenele e Otávio Belchior Fernandes. Otávio já tinha sido casado antes, e tivera outros filhos do casamento anterior, em Coreaú. Do casamento com Dolores, nasceram Wilson, José Osmani, Rogério, Nílson, Antonio Carlos, Gilberto, Emília, Lília, Angela, Marcelo e Otávio Jr. Belchior foi batizado apenas Antonio Carlos Belchior, mas incorporou como nome de “fantasia” os sobrenomes materno e paterno, Fontenele Fernandes, e ainda costumava usar também o Gomes (brincava que era tributo ao compositor Carlos Gomes).
Em abril do ano passado, a família Belchior já tinha perdido o irmão do compositor, Nilson Belchior Fernandes, aos 73 anos, vítima de Covid-19. Nilson era o 15º dos 23 irmãos de Belchior (Antonio Carlos Belchior era filho de número 13).
Lilia e Angela Belchior podem ter sido as irmãs que inspiraram o verso “minha irmã mais nova, negra cabeleira”, da canção Na hora do almoço, com a qual Belchior iniciou sua escalada rumo ao estrelato nacional em 1971 (venceu o 4º Festival Universitário da MPB, no Rio). Angela é a mais nova, mas não há informação precisa de que ele tenha se referido explicitamente a uma delas em sua canção.