- Daqui (Pau Brasil, independente) – O que é a sutileza, a doçura daquele saber que já está acima do ego? Saudações, Bellinatti, Ayres, Stroeter, Cardoso e Mosca!
- Carbono (Lenine, Universal) – Um raro (hoje em dia) disco conceitual que reconecta a música brasileira com experiências radicais nordestinas, de Lula Cortês e Zé Ramalho a Chico Science. Um disco coletivo, anticorporativo.
- Mulher (As Bahias e a Cozinha Mineira) – Gal Costa Reloaded. Disco da banda paulistana tem duas trans na sala (Assucena e Raquel, da História da USP) e um combo jazzístico na cozinha. Mas o repertório (e as performances) evoca de Gal e Amelinha ao canto sacro judaico. Manifesto político & social.
- Transmutação(BNegão). É o disco nagozão do BNegão. Dub com ponto de macumba. Sobrenatural. Bonito.
- Trigonotron (Trigonotron, Maximus). Estaria nessa lista só pelo sample de Mestre Humberto do Maracanã na faixa Na Maré, mas é muito mais abusado que isso.
- Éter (Scalene, Ponto Digital). Casa das Máquinas Reloaded. Programas de TV não vão aquecer seu coração no inverno, mas de vez em quando surpreendem.
- Viva Hermeto (André Marques & Trio). Acontece que o trio tem John Patitucci e Brian Blade. Esse disco estaria aqui só pela faixa Bebê, alto artesanato, mas é muito mais abusado que isso.
- Senoide Sensual (Alaídenegão). Grooovy. Diversão-balé, como a vida quer. Chimbinha Reloaded.
- Casulo (Zé Cafofinho, independente). Pela faixa Migratorium, com o China, ganhou o posto. Mas é pura simpatia, puro eco do mangue.
- Tonny Brasil. Não por um disco específico, mas pelo conjunto da obra. Mal comparando, é o Quincy Jones da música brega do Pará – o produtor mágico, que projeta sucessos, mas que é também fenomenal como dono do palco.
PUBLICIDADE
Ótimos discos, gosto bastante