Marcos Magah causou certo frisson quando, há pouco mais de 10 anos, reapareceu com Z de Vingança (Pitomba! Livros e Discos, 2012), “fazendo rocks duros e pensando em Dolores Duran”, como diz o verso que abre “Viagem ao Centro da Queda”, uma das faixas do álbum – verso e título já dão ideia do poder de sua lírica.
No ano seguinte, com o antropólogo Igor de Sousa, entrevistei-o para o Vias de Fato, jornal mensal em que assinava a página de cultura – uma seleta do que aprontei por lá foi reunida em Penúltima Página – Cultura no Vias de Fato (Editora Passagens, 2019). A conversa franca, regada a cerveja, além de divertida, foi reveladora, no sentido de situar um artista que se reinventava sem perder a essência.
A história é bastante conhecida: a partir do Cohatrac em que vivia nos anos 1980, à frente da banda Amnésia, Marcos Magah ajudou a consolidar uma cena punk na capital maranhense – chegaram a tocar em um comício da campanha de Lula na Praça Deodoro, em 1989, em sua primeira tentativa de chegar ao Palácio do Planalto. O cantor e compositor passou um tempo no interior do Maranhão em empregos e bicos diversos até ressurgir com Z de Vingança, irônico desde o título e da mescla de punk, rock e brega.
Apesar de certa confusão com as datas, os 10 anos da re/estreia de Marcos Magah serão celebrados neste sábado (16), às 20h, no Miolo Café Bar (Av. Litorânea, 100, Calhau). Marcos Magah (voz e guitarra) será acompanhado por André Grolli (bateria, teclados e programação), Guz Mendes (baixo) e Eduardo Pinheiro (guitarra). A banda Babycarpets, com quem Magah já dividiu o palco em outras ocasiões, fará o show de abertura. Os ingressos custam R$ 20,00.
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Ouça Z de Vingança:
