Levantamento sobre o emprego da economia da cultura e das indústrias criativas, realizado pelo Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, da Fundação Itaú, com base na PNAD Contínua, divulgado na tarde dessa segunda-feira, 10, mostra que o segmento fechou o 1º trimestre de 2023 com 7,2 milhões de trabalhadores em atividade, 123 mil a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado, o que representou crescimento de 2% no intervalo. Segundo o levantamento as vagas formais cresceram mais que informais, as vagas para trabalhadores especializados da cultura cresceram 8%, com a abertura de 59 mil postos de emprego. O crescimento de vagas para trabalhadores criativos da área de tecnologia avançou 17%, com a abertura de 107 mil postos de emprego.


O crescimento desse segmento segue a tendência do restante da economia, que apresentou crescimento de 3% no número de postos de trabalho nos 12 meses encerrados em março de 2023. O levantamento do Observatório Itaú Cultural aponta, entretanto, que o número de postos de trabalho da economia criativa caiu no comparativo com o 4º trimestre de 2022, registrando perda de 291 mil postos (-4%) neste intervalo de análise. A redução, neste caso, foi atribuída a efeitos de sazonalidade: o primeiro trimestre apresenta, historicamente, uma movimentação menor para as indústrias criativas.


“No comparativo anual, nota-se um crescimento líquido de vagas para o segmento. Essa tendência também se observa para o agregado da economia brasileira, com a criação de cerca de 2,5 milhões de postos de trabalho (+3%) no comparativo do primeiro trimestre de 2022 com o de 2023 – apesar da redução registrada entre o quarto trimestre de 2022 e o primeiro trimestre de 2023, com o fechamento de 1,5 milhões de vagas”, informa o release da Assessoria de Imprensa do Painel de Dados. Com a injeção de 3,8 bilhões de reais da Lei Paulo Gustavo no setor de cultura a partir de agosto, esses números devem crescer substancialmente.


“Os dados mostram a relevância da indústria criativa para a geração de emprego e renda no país”, concluiu Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú. “Esperamos que as informações do Painel de Dados contribuam para nortear políticas públicas e ajudem a fortalecer e sensibilizar ainda mais a sociedade a respeito da importância deste segmento para o desenvolvimento sócio econômico no Brasil.”

De acordo com os dados divulgados pelo Observatório Itaú Cultural, a maior parte das 123 mil novas vagas abertas foi de postos com carteira assinada. O saldo líquido aponta para geração de 86.273 postos formais, ante 36.953 vagas informais abertas entre o 1º trimestre de 2023 e o mesmo período do ano anterior.

O segmento da indústria criativa voltada para consumo registrou retração nos postos de trabalho, com fechamento de 50 mil vagas (-4%). Trabalhadores de atividades criativas incorporados por outros setores da economia também assistiram a um leve encolhimento da oferta, com fechamento de 20 mil vagas (-1%). Trabalhadores de apoio de empresas da cultura e de indústrias criativas, por sua vez, foram impactados com abertura de 27 mil vagas (+1%) no período analisado.

A economia criativa engloba os segmentos de moda, atividades artesanais, editorial, cinema, rádio e TV, música, desenvolvimento de software e jogos digitais, serviços de tecnologia da informação dedicados ao campo criativo, arquitetura, publicidade e serviços empresariais, design, artes cênicas, artes visuais, museus e patrimônio.

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