A cantora Wanderléa. Foto: divulgação
A cantora Wanderléa. Foto: divulgação
"Delicado". Single. Capa. Reprodução
“Delicado”. Single. Capa. Reprodução

O baião “Delicado” (Waldir Azevedo/ Ary Vieira) é o acertado título do single que a cantora Wanderléa escolheu para lançar nesta sexta-feira (5), antecipando o álbum “Wanderléa Canta Choros” (Selo Sesc, 2023), inteiramente dedicado ao gênero que consagrou nomes como Abel Ferreira (1915-1980), Benedito Lacerda (1903-1958), Ernesto Nazareth (1863-1934) e Pixinguinha (1897-1973), além do próprio Waldir Azevedo (1923-1980) – que comparece ao repertório com outras duas composições (“Pedacinhos do Céu”, com letra de Miguel Lima, e “Brasileirinho”, com letra de Pereira da Costa) – o álbum completo, com 12 faixas, chega às plataformas de streaming 12 de maio.

Delicado como o bandolim de Hamilton de Holanda, convidado especial do single, faixa de abertura de “Wanderléa Canta Choros”, que dá um molho todo especial ao clássico. Delicado é adjetivo que cai bem ao repertório inteiro, criteriosamente selecionado entre pérolas do gênero, em sua maioria formado por regravações, mas incluindo a inédita “Um Chorinho Pra Wandeca”, composta por Douglas Germano e João Poleto especialmente para a ocasião.

A quem está acostumado com a figura de Wanderléa como a eterna Ternurinha, seu outro apelido, musa da Jovem Guarda, de seus colegas de geração Roberto Carlos e Erasmo Carlos (1941-2022), pode soar estranho a cantora dedicar um álbum ao choro. “O choro me encantou desde pequena. Quando ouvia Ademilde Fonseca (1921-2012), articulando com extrema maestria a poesia daqueles versos, que se encaixavam com perfeição na sonoridade daquele repertório musical, era tudo muito mágico e eu, ainda bem menina, me divertia tentando acompanhar a rapidez poética daqueles versos, dentro do malabarismo e da beleza daquelas lindas melodias. Hoje, neste disco de choros, neste resgate afetivo, realizo um sonho trazendo minha contribuição com autores pioneiros na criação desse ritmo que tanto valoriza nossa cultura nacional”, conta Wanderléa, que em 1975, em seu disco “Feito Gente – Nas Verdes Varandas da Noite”, gravou “Que Falem de Mim” (Bidu Reis), do repertório de Ademilde.

Desta memória afetiva, particularmente do repertório de Ademilde Fonseca, ela resgata, em “Wanderléa Canta Choros”, obras-primas como “O Que Vier Eu Traço” (Alvaiade/ Zé Maria) e “Galo Garnizé” (Luiz Gonzaga/ Antônio Almeida/ Miguel Lima), além das já citadas composições de Waldir Azevedo, algumas já gravadas por Baby Consuelo (ou Baby do Brasil), por exemplo. O novo álbum de Wanderléa marca um reencontro da cantora com suas origens: ela começou a carreira de intérprete em programas de auditório na Rádio Mayrink Veiga, quando era acompanhada pelo Regional do Canhoto, um dos mais importantes grupos de choro já surgidos no Brasil.

“Wanderléa Canta Choros” tem direção e produção musical de Mario Gil, direção artística de Luiz Nogueira, pesquisa de Roberta Valente e direção de mixagem de Lalo Califórnia. Os shows de lançamento acontecem no Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros, São Paulo/SP, dias 20, às 21h, e 21, às 18h) e Sesc Santos (Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida, Santos/SP, dia 26 de maio, às 20h), ocasiões em que Wanderléa será acompanhada por Zé Barbeiro (violão sete cordas), Alessandro Penezzi (violão), Fabricio Rosil (cavaquinho), Milton de Mori (bandolim), João Poleto (flauta), Alexandre Ribeiro (clarinete), Roberta Valente (pandeiro) e Douglas Alonso (percussão). Os ingressos custam entre R$ 12,00 e R$ 50,00.

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Faça a pré-save do single “Delicado”:

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