O ex-secretário de Cultura de Bolsonaro, Helio Ferraz, posa com metralhadora nas redes sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retirou hoje a indicação do ex-secretário Especial de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, Hélio Ferraz de Oliveira, para ocupar o cargo de diretor da Agência Nacional de Cinema (Ancine). Ferraz havia sido indicado para sabatina no Senado Federal em dezembro de 2021 por Bolsonaro, quando ainda era secretário adjunto de Mario Frias, em uma estratégia de total ocupação política da direção da agência. Mas acabou assumindo como titular da pasta quando Frias saiu para concorrer a deputado pelo PL e sua sabatina foi sendo protelada no Senado por diversos motivos, entre eles a eleição presidencial.

A vaga que Hélio Ferraz queria ocupar agora volta à prerrogativa do novo governo, que tem tido dificuldades para encontrar um nome de consenso a indicar ao Senado. Já foram ventilados os nomes da atriz Dira Paes, da roteirista Antonia Pellegrino e da ex-secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal, entre outros. É mencionado também, entre servidores, um possível retorno de uma ex-diretora, Debora Ivanov. Há um movimento de setores do audiovisual que querem que a Região Norte, pólo emergente do cinema, ocupe essa vaga.

A diretoria colegiada da Ancine, que decide, é indicada pela presidência da República. Atualmente, três dos quatro integrantes desse colegiado são indicações de Bolsonaro: o diretor-presidente, Alex Braga Muniz, e os diretores Vinicius Clay e Tiago Mafra. O outro diretor é substituto, ocupa temporariamente a posição. Trata-se de Mauro Gonçalves de Souza, cuja posição é legalmente questionável. Com a retomada da vaga que Bolsonaro queria ocupar com Hélio Ferraz, o governo passaria a equilibrar o colegiado, democratizando um pouco as decisões na agência, hoje ainda atada à agenda ideológica e regressiva do bolsonarismo.

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