Casa de Rui Barbosa protesta contra Margareth por escolha de novo presidente

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A Associação dos Servidores da Fundação Casa de Rui Barbosa enviou nesta quinta-feira, 13, uma carta à ministra da Cultura, Margareth Menezes, manifestando seu desagrado pela forma “insensível” e pouco democrática como foi conduzida a nomeação do novo presidente da instituição. A ministra nomeou Alexandre Santini, secretário de Cultura de Niterói (RJ), como presidente da FCRB, cumprindo uma cota política – Santini é do PC do B, partido aliado do PT, e foi indicado pela deputada Jandira Feghali, das mais atuantes na área de cultura e uma das autoras da Lei Aldir Blanc. Os servidores preferiam a escritora e linguista Conceição Evaristo e o poeta e sociólogo José Almino de Alencar.

Na carta, a associação declara “surpresa e desagrado” pela forma como foi indicado o novo presidente, que repete procedimento do governo anterior. “Desde o processo de transição de governo o Ministério está informado não só da demanda da instituição de ser ouvida como dos mecanismos que criamos internamente para fazer indicações, a serem submetidas à avaliação da senhora” afirma o documento, assinado pelo presidente da associação, Leandro de Abreu Souza Jaccoud.

“Sabedores do prazo exíguo para a composição das equipes, aceleramos o processo de consulta interna, realizado de forma transparente e democrática. Inscreveram-se dois candidatos, José Almino de Alencar (pesquisador aposentado da Fundação) e Conceição Evaristo (escritora e professora universitária), que atendiam aos critérios requeridos para o preenchimento do cargo,
sendo figuras públicas de amplo reconhecimento nas áreas de atuação da FCRB. Os dois debateram suas propostas com os servidores ativos e aposentados. José Almino de Alencar obteve maioria, com 80% de apoio, ficando Conceição Evaristo com perto de 20%. No momento em que preparávamos o envio do resultado, fomos comunicados da escolha de um nome alheio a toda a nossa movimentação, frustrando nossa expectativa de diálogo. Consideramos ter havido uma insensibilidade do Ministério, que poderia ter evitado o desgaste,
tanto com o corpo funcional como com os candidatos, caso tivesse sido mais transparente desde o início sobre suas intenções. Sem desdouro à pessoa indicada, desejaríamos reabrir a conversa com este Ministério na busca da formação de um consenso”.

Repete-se assim, na Fundação Casa de Rui Barbosa, o desconforto causado pela nomeação, no Iphan, do sociólogo Leandro Grass, da cota do Partido Verde, também aliado, e que os servidores consideram que não é um nome técnico, requisito indispensável para a reconstrução do patrimônio histórico segundo os especialistas.

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