Foi divulgado neste sábado um edital do governo de São Paulo chamado SP Cultura no Metrô. Esse edital se propõe a contratar “músicos de rua, profissionais ou amadores” para tocar nas estações de metrô das linhas Verde, Azul e Vermelha – limite máximo de quatro apresentações por músico.
Até aí tudo normal. 
A coisa fica turva quando se vê quanto pagarão de cachê aos músicos “de rua” por suas apresentações: R$ 150.  A música ao vivo parece bem desvalorizada face aos algoritmos de música, na visão da secretaria de Estado da Cultura: essa semana, o site Tecmundo noticiou que o governo paga R$ 40 mil por mês para a ONG Instituto de Cultura e Cidadania (Incult) para fazer uma playlist de 200 músicas para 55 estações de São Paulo.
O valor pago para a música mecânica é equivalente ao que a secretaria paga para 266 músicos por mês. Segundo o metrô, a Incult foi contratada por meio da agência CC&P (Companhia de Comunicação & Publicidade). 

O secretário da Cultura, Romildo Campello, festejou o edital para músicos de rua. “A parceria permitirá o acesso de milhões de pessoas a múltiplas plataformas culturais. A produção cultural do estado multiplicada e compartilhada ao vivo e em cores. Atrações de qualidade e gratuitas para a população”. Estranha parceria: cada músico vai receber o equivalente a seis sanduíches do McDonald’s.

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