Misture uma pitada de Vampire Weekend com Arcade Fire.
Coloque no recipiente um tanto de ritmos do pântano, como bluegrass e cajun music.
Coloque no centro de tudo uma loira que canta como Björk e toca percussão como Brown.
Duas colheres de entusiasmo juvenil nas guitarras, com Taylor Guarisco como valete de copas, e uma batida de clube ao fundo.
Eis o Givers, que foi a maior novidade do New Orleans Jazz Fest.
Eles saíram da pequena Laffayete, Louisiana, mas suas credenciais vem crescendo: já tocaram em Coachella e Lollapalooza, e cada vez galgando palcos melhores.
Tiffany Lamson, a loira que pilota o centro do negócio, tem uma performance cheia de energia e entrega, o que faz tudo parecer ainda mais convincente.
 O show tem a empolgação típica daquelas bandas-trupe como o Arcade Fire, mas os condimentos das terras alagadas fazem uma diferença danada.
 Seu primeiro disco o levou a revistas como Spin e outras, do mainstream, mas continuam com uma notável disposição independente, o que lhes dá um charme adicional.
Ouçam os vídeos e digam se estou exagerando.
Eis uma sequência de fotos da Tiffany.
Eles tocaram duas vezes no mesmo dia. De noite, nós os encontramos no Publiq, na área boêmia conhecida como Freret, uma espécie de Bleecker Street em Taboão da Serra. Houve várias falhas no equipamento, mas eles não perderam o pique. Pode ser que apareçam no Brasil ainda este ano.

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Jotabê Medeiros, paraibano de Sumé, é repórter de jornalismo cultural desde 1986 e escritor, autor de Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017), Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019) e Roberto Carlos - Por isso essa voz tamanha (Todavia, 2021)

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